PGR cancela recesso para acelerar denúncia contra Bolsonaro no caso da trama golpista
Julgamento do ex-ocupante do Palácio do Planalto deve ocorrer no próximo ano
247 - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, cancelou o recesso de fim de ano e deve permanecer em Brasília para acelerar a denúncia contra Jair Bolsonaro e outros envolvidos na tentativa de golpe de Estado, incluindo o general Braga Netto, preso preventivamente no último dia 14. A informação foi divulgada pela CNN Brasil nesta terça-feira (31), e mais cedo neste mês pelo portal G1.
Bolsonaro, cujo parecer sobre sua atuação no caso deve ser apresentado até fevereiro, segundo a CNN, é alvo do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, em que o ex-mandatário foi derrotado pelo presidente Lula. A investigação também abrange os ataques terroristas bolsonaristas à Praça dos Três Poderes da capital federal, em 8 de janeiro de 2023, conspirações golpistas em 2022 e planos de assassinato contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informou o jornal O Globo mais cedo neste mês, Bolsonaro deve ser denunciado pela PGR em janeiro de 2025, ao lado de outros envolvidos no caso. Isso poderia permitir que o julgamento aconteça no primeiro semestre do próximo ano.
Caso Gonet opte por apresentar a denúncia, o caso será remetido ao ministro Moraes. O objetivo é que a resolução do caso ocorra em 2025, evitando que o processo interfira na eleição presidencial.
Uma força-tarefa de nove procuradores da PGR iniciou no último dia 2 a análise do inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou, em novembro, Bolsonaro e outras 36 pessoas por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado.
OUTRAS ACUSAÇÕES - Além das acusações relacionadas ao golpe de Estado, Bolsonaro também enfrenta indiciamentos em dois outros casos de grande repercussão. Em março deste ano, ele foi acusado de fraude no cartão de vacinação da Covid-19. Já em julho, foi indiciado por envolvimento no caso das joias sauditas, presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.
Somados, os três inquéritos podem resultar em penas de até 70 anos de prisão, caso Bolsonaro seja condenado. O inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado é considerado o mais grave enfrentado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto.
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