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    PF investiga financiamento de grupos bolsonaristas aos foragidos dos atos golpistas de 8 de janeiro

    Uma das hipóteses investigadas é de que os golpistas tenham recebido apoio financeiro para fugir para a Argentina, após a extrema direita chegar ao poder com Javier Milei

    Golpistas invadem e depredam prédios do governo em 8 de janeiro de 2023 | Javier Milei (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil | REUTERS/Agustin Marcarian)

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    247 - A Polícia Federal está investigando se os foragidos envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro tiveram suas saídas do país financiadas por grupos bolsonaristas. Embora a PF não comente sobre investigações em andamento, fontes ligadas ao inquérito revelaram ao UOL que uma das hipóteses é de que esses indivíduos receberam apoio financeiro para fugir para a Argentina, após a extrema direita chegar ao poder com Javier Milei.

    Em maio, o UOL divulgou que alguns acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado quebraram as tornozeleiras eletrônicas e agora residem no país vizinho. Após a reportagem, uma operação da PF prendeu 48 foragidos. Recentemente, o UOL revelou que uma das capturadas oferece assistência para condenados escaparem.

    "Se tiver alguém aí do [inquérito número 49] 21 com risco de voltar pra prisão ou do [inquérito número 49] 22, manda falar comigo que eu ajudo a fazer a travessia com segurança e vim [sic] pra cá", afirmou Fátima Pleti em um áudio obtido e divulgado pelo UOL no último final de semana.

    O advogado Mariel Marra, que defende alguns dos envolvidos nos atos golpistas, confirmou que "pessoas no Brasil" financiaram a fuga dos foragidos para o exterior, sem, no entanto, identificar os financiadores. "Existe sim um grupo forte financeiramente por trás que está bancando essas fugas", declarou.

    Javier Milei, presidente da Argentina, é próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sob investigação por incentivar os atos golpistas após perder as eleições de 2022 para Lula. Bolsonaro, único presidente não reeleito no período democrático, defendeu teorias infundadas de fraude eleitoral. Na última semana, Milei esteve no Brasil para um evento ao lado de Bolsonaro, mas ainda não se reuniu com Lula.

    O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), líder da bancada ruralista na Câmara, admitiu que há um movimento no Congresso para aprovar um projeto que anistia Bolsonaro, permitindo sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026. Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral e as instituições brasileiras.

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