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PF investiga ligação entre facção criminosa e agentes públicos em esquema eleitoral em Parintins

Objetivo é desarticular ação de facção com apoio de policiais em benefício de candidatura à prefeitura. Também foram deflagradas ações em outros estados

(Foto: Polícia Federal)

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247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (3), uma operação em Parintins, no Amazonas, visando desmantelar uma suposta associação entre integrantes de uma facção criminosa e agentes públicos envolvidos em crimes eleitorais. De acordo com o jornal O Globo, as investigações apontam que policiais militares teriam colaborado com um grupo criminoso em apoio a uma chapa que disputa a prefeitura do município.

Segundo a reportagem, há indícios de que líderes comunitários, vinculados a uma facção de tráfico de drogas, ameaçaram moradores de determinados bairros, impedindo o acesso de outros candidatos à prefeitura. A PF investiga o envolvimento de policiais militares, que teriam deixado de coibir as ameaças com o intuito de favorecer uma candidatura.

“As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, informou a corporação.  Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade.

A Justiça Eleitoral determinou que os investigados estão proibidos de se aproximar de Parintins ou manter contato com coligações partidárias do município. Para garantir a segurança nas eleições municipais, previstas para o próximo domingo, a PF reforçou sua presença na cidade.

Outro ponto que ganhou destaque na investigação foi um vídeo divulgado recentemente no Amazonas, no qual membros do governo estadual discutem ações para favorecer uma candidata à prefeita de Parintins. Em resposta, a Justiça Eleitoral do estado determinou a suspensão da entrega de cestas básicas e o afastamento do comandante da Polícia Militar da cidade.

Em nota, o governo do Amazonas afirmou que "repudia qualquer tipo de articulação que tenha como objetivo tumultuar o processo eleitoral e manchar o trabalho sério das forças de segurança do estado, utilizando material com fortes indícios de manipulação e sem amparo judicial". A operação da PF está relacionada a esse caso.

Além de Parintins, a PF deflagrou ações semelhantes em outros estados. Em Sergipe, as investigações apontam para a compra de votos, com a apreensão de listas contendo nomes de eleitores, o que indicaria um esquema de corrupção eleitoral. 

Em Mato Grosso, a PF cumpriu mandados de busca em Sinop, na quarta-feira, relacionados à campanha de um candidato a prefeito. Um local que funcionava como um comitê clandestino foi identificado, e uma mulher foi presa em flagrante, acusada de movimentar R$ 2,5 mil em dinheiro proveniente de caixa 2 de campanha.

No Rio de Janeiro, uma operação foi deflagrada para desarticular um esquema de alistamento eleitoral fraudulento, em que um candidato a vereador em Itaguaí, junto com seus cabos eleitorais, fornecia comprovantes de residência falsos para eleitores em troca de votos.

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