PF encontra R$ 500 mil em Alagoas, atribuídos a marido de candidata
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal é investigado por possível compra de votos. O homem seria marido de Pauline Pereira, prima de Arthur Lira
247 - A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 500 mil em espécie em Maceió, Alagoas, em uma operação realizada após receber denúncia de que uma grande quantia seria sacada para possível compra de apoio eleitoral, informa Carlos Madeiro, do UOL. Segundo a PF, a operação ocorreu no bairro de Ponta Verde, na orla da capital alagoana, onde os agentes acompanharam o saque do dinheiro e realizaram a apreensão. O valor, encontrado em uma mochila, está sendo investigado por suspeitas de crimes eleitorais, incluindo compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
O homem detido pela PF durante a operação teria sido identificado como marido de Pauline Pereira, candidata a prefeita de Campo Alegre, cidade do interior de Alagoas. Pauline é irmã de Jó Pereira, ex-secretária de Educação de Maceió, e de Joãozinho Pereira, ex-superintendente da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) em Alagoas, ambos indicados aos cargos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), primo de Pauline. O homem detido foi conduzido à sede da PF para prestar esclarecimentos sobre a origem e o destino da quantia apreendida.
As investigações da PF devem se aprofundar para identificar os possíveis envolvidos e o real propósito do dinheiro, com foco na possível compra de votos, dado que o pleito eleitoral está marcado para 6 de outubro. A nota oficial emitida pela PF ressalta que os valores apreendidos serão objeto de inquérito para apurar possíveis crimes relacionados.
Contexto político
Pauline Pereira foi prefeita de Campo Alegre por dois mandatos consecutivos, de 2013 a 2020, e sua família possui forte influência política na região, com laços diretos com Arthur Lira.
Essa apreensão de dinheiro e os possíveis desdobramentos no inquérito da PF poderão lançar luz sobre o uso de recursos em campanhas eleitorais no estado e podem ter implicações nas eleições de outubro. Enquanto isso, o caso segue sob investigação, com a PF analisando os documentos e o dinheiro apreendido para determinar sua origem e o propósito final do montante.
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