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PF marca para a próxima quarta-feira o depoimento de Ramagem nas investigações da Abin paralela

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência vai depor na superintendência da Polícia Federal no estado do Rio

Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação I Abin I Agência Brasil )

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247 - A Polícia Federal intimou o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), a prestar depoimento na próxima quarta-feira (17) nas investigações da 'Abin Paralela', um esquema de monitoramento ilegal de autoridades dos poderes Legislativo, Executio e Judiciário. O depoimento foi agendado na superintendência da PF no estado do Rio de Janeiro. Agentes da PF apuram crimes de associação criminosa, interceptação ilegal, invasão de dispositivos eletrônicos, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, agentes que participaram do monitoramento ilegal buscaram informações sobre investigações envolvendo Jair Renan e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A corporação afirmou que um policial federal que atuava na agência foi designado para espionar Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan em uma empresa de eventos. O filho do ex-presidente é acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público.

No caso de Flávio Bolsonaro, as ações clandestinas de monitoramento ocorreram contra três auditores da Receita Federal responsáveis pela investigação sobre "rachadinha" no gabinete de Flávio quando ele ocupava o cargo de deputado estadual.

Em postagem nas redes sociais, Ramagem afirmou que o sistema israelense FirstMile, contratado pela Abin, não foi usado para monitoramentos ilegais, que as autoridades citadas não foram espionadas e que os policiais "desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas". Também negou o uso dos sistemas para beneficiar Flávio Bolsonaro em processos judiciais. 

Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro disse que a divulgação do relatório de investigação foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

"Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Delgado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro", afirmou o senador (com informações da Agência Brasil). 

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