PF suspeita que Gayer usou loja registrada no nome do filho para desviar dinheiro
O empreendimento vende camisetas com frases como "Eu não votei em ladrão" e "Fora Lula"
247 – A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (25) mandados de busca e apreensão contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), acusado de desviar recursos da cota parlamentar. Segundo informações de O Globo, a PF apreendeu durante a ação R$ 72 mil em espécie na casa de um assessor do deputado.
De acordo com a corporação, Gayer teria utilizado verba da Câmara para sustentar uma escola de inglês chamada Gustavo Gayer Language e uma loja de roupas registrada no nome do filho dele, ambas em Goiânia.
"A autoridade policial também aponta que o espaço locado para o gabinete parlamentar do deputado federal Gustavo Gayer Machado de Araújo, supostamente custeado com cota parlamentar, seria utilizado simultaneamente para as operações da escolas de inglês Gustavo Gayer Language Institute e para as atividades da Loja Desfazueli, o que poderia configurar, em tese, o uso inapropriado de recursos púbicos destinados ao funcionamento do gabinete político", diz a representação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A loja Desfazueli, registrada no nome do filho do parlamentar, faz referência ao bordão "Faz o L" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vende camisetas com frases como "Fora Lula" e "Eu não votei em ladrão".
Em resposta à operação, Gayer declarou nesta sexta-feira, nas redes sociais, que foi surpreendido pela ação da PF.
“Dois dias antes das eleições de segundo turno, segundo turno o qual meu candidato participa em Goiânia, eu acordo às 6h da manhã com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal. Hoje sofri busca e apreensão da Polícia Federal a mando do Alexandre de Moraes. Inquérito sigiloso. O que eu sei até agora é que esse inquérito foi aberto no mês passado, dia 24 de setembro. Não dá para saber nada, não dá para ter nenhuma informação do que se trata”, afirmou.
Gayer já esteve envolvido em outras controvérsias, incluindo denúncias de racismo, disseminação de fake news e suposto assédio eleitoral. Recentemente, foi intimado pelo STF por injúria ao presidente Lula.
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