PF vai investigar atual cúpula da Abin para apurar possível obstrução no caso da 'Abin paralela'
Agentes suspeitam de um possível “conluio” entre diretores e ex-diretores da agência para atrapalhar as investigações sobre espionagem ilegal
247 - A Polícia Federal (PF) definiu seu próximo alvo no inquérito sobre a "Abin paralela": as atenções agora se voltam para a atual alta cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), relata Igor Gadelha, do Metrópoles.
Após focar nas últimas operações em membros da Abin durante a administração de Jair Bolsonaro (PL), a PF planeja investigar um possível "conluio" entre os atuais diretores e ex-diretores da Abin. O objetivo é apurar se houve tentativas de atrapalhar as investigações em andamento.
Um dos principais focos dos investigadores é a atuação dos diretores da Abin em relação ao software "FirstMile", que foi utilizado para espionar adversários políticos na gestão Bolsonaro. A suspeita é que esses diretores possam ter interferido nas investigações sobre o uso do software.
Essa desconfiança foi reforçada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Em documentos que embasaram a última operação da PF sobre a "Abin paralela", na semana passada, ambos manifestaram preocupação com a atual gestão da Abin.
Na decisão que autorizou prisões e buscas e apreensões, Moraes negou o compartilhamento das investigações da PF com a corregedoria atual da Abin para a abertura de sindicâncias internas. Em seu parecer, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que "não parece recomendável neste momento processual" compartilhar informações, devido à "aparente resistência identificada no interior" da Abin.
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