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    Renan Filho diz que todas as estradas do Rio Grande do Sul estarão liberadas em vinte dias

    Em resposta às mudanças climáticas, o Ministério dos Transportes está incorporando a construção de obras mais resilientes

    Renan Filho (Foto: José Cruz - ABR)

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    247 – Após as chuvas intensas que devastaram partes da malha rodoviária do Rio Grande do Sul, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou um plano emergencial para liberar todas as estradas interditadas no Estado dentro de 20 dias. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Renan Filho destacou a necessidade de obras de infraestrutura mais resilientes e sustentáveis, além de priorizar a expansão das ferrovias no País como parte das ações governamentais.

    O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está avaliando três frentes principais para enfrentar futuros eventos climáticos no Sul do Brasil: contenção das águas que descem da serra, aumento da capacidade de drenagem da Lagoa dos Patos e fortalecimento do sistema de diques do Estado. Essas medidas visam mitigar os efeitos das chuvas intensas e proteger a população de futuras inundações.

    O Ministério dos Transportes anunciou um investimento de aproximadamente R$ 1,2 bilhão para a recuperação das estradas destruídas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Este montante será utilizado para reabertura, limpeza e identificação de todos os impactos nas rodovias, além da reconstrução de trechos e pontes severamente danificadas. As pontes sobre o Rio Caí, na BR-116, e sobre o Rio Toropi, na BR-287, estão entre as que necessitarão de reconstrução.

    Renan Filho explicou que a maior parte dos recursos será empregada ainda este ano, apesar dos desafios inerentes ao prazo das obras. Além desse investimento emergencial, já havia um orçamento de R$ 1,8 bilhão para obras estruturantes no Rio Grande do Sul, totalizando R$ 3 bilhões disponíveis para a reconstrução das rodovias federais do Estado.

    O ministro destacou que, apesar dos danos significativos em algumas áreas, a maioria da malha rodoviária permanece intacta. Dos 120 pontos de interrupção registrados inicialmente, restam apenas dez. A expectativa é eliminar todos os pontos de interrupção nos próximos 20 dias, com exceção das duas pontes mencionadas, que terão uma solução provisória para garantir a travessia até a conclusão das obras definitivas.

    Em resposta às mudanças climáticas, o Ministério dos Transportes está incorporando a construção de obras mais resilientes. No Rio Grande do Sul, serão feitos estudos para conter a água na serra, aumentar a drenagem da Lagoa dos Patos e garantir o funcionamento pleno dos diques de proteção das cidades. Essas ações são essenciais para evitar catástrofes futuras e proteger a população.

    Além da reconstrução das rodovias, Renan Filho enfatizou a importância de diversificar os modos de transporte no País, com foco na sustentabilidade. A ampliação da capacidade de investimento, tanto público quanto privado, é uma das estratégias para garantir melhorias na infraestrutura de transporte. O ministro mencionou a intenção de realizar dez leilões de concessão este ano, atraindo mais investimentos privados para o setor.

    O transporte ferroviário também é uma prioridade, com seis linhas de transporte de passageiros previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vários investimentos em andamento para o transporte de cargas. O objetivo é integrar o transporte ferroviário às grandes cidades e melhorar a conectividade regional, tornando-o uma alternativa viável e sustentável ao transporte rodoviário.

    Em relação à municipalização de rodovias federais em áreas urbanas, como o trecho da Rodovia Régis Bittencourt em Taboão da Serra, Renan Filho defendeu que essa medida permite uma gestão mais eficiente e adaptada às necessidades locais, como a macrodrenagem e a administração de semáforos, que são responsabilidades municipais.

    Por fim, o ministro reafirmou o compromisso do governo com a ampliação dos investimentos em infraestrutura, utilizando tanto recursos públicos quanto privados, para garantir a melhoria das estradas e a expansão do transporte ferroviário, atendendo às necessidades da população e enfrentando os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

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