Resposta a Bolsonaro foi o retumbante fracasso da manifestação no Rio, diz Kakay
Advogado criminalista afirma que a denúncia e a condenação do ex-mandatário, por si só, enfraquecem o grupo
247 – O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, questionou a convocação de um ato contra a anistia feita pelo deputado Guilherme Boulos (Psol), após a baixa adesão registrada na manifestação promovida por Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (16), em Copacabana. Segundo ele, a resposta ao bolsonarismo já foi dada pelo "retumbante fracasso" do evento, que reuniu apenas 18,3 mil pessoas, segundo dados do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Cebrap.
A manifestação bolsonarista tinha como plano a defesa da anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. Entre os participantes do ato no Rio estavam os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), além dos filhos do ex-mandatário, Carlos (PL) e Flávio Bolsonaro (PL). Para Kakay, a estratégia de defesa de Bolsonaro parece ter abandonado a via técnica para seguir um caminho político.
“É difícil entender qual o motivo da convocação feita pelo Boulos para 30 de março, de manifestações contra a anistia. A ‘resposta’ ao Bolsonaro e aos bolsonaristas, Tarcísio inclusive, foi o retumbante fracasso na manifestação a favor da anistia no Rio”, afirmou Kakay. “O ato, inclusive, coordenado pelo Malafaia, deixa claro que a defesa do Bolsonaro parece ter desistido da opção técnica e optou pelo caminho político”.
Diante do fracasso bolsonarista, o advogado afirma que a tentativa de mobilizar uma manifestação contra a anistia pode acabar favorecendo a extrema direita, caso não reúna um número expressivo de pessoas.
“Entendo ser um enorme erro fazer uma manifestação contra a anistia depois do resultado pífio no Rio de Janeiro. Se não levarmos 1 milhão de pessoas – e não levaremos –, vamos dar margem para a direita e a ultradireita explorarem”, enfatizou.
Kakay ainda ressaltou que a denúncia e a condenação de Bolsonaro, por si só, enfraquecem o grupo.
“Após a prisão, não deverá haver manifestação, pois sequer o Bolsonaro estaria presente, por motivos óbvios”, disse. “Vamos só esperar o andamento do processo. Em setembro, o Bolsonaro estará condenado. Não vamos fazer o jogo da direita.”
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