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    Como “Emilia Pérez”, rival de “Ainda Estou Aqui” no Oscar, foi de queridinho da crítica a filme mais debochado do ano

    Apesar dos elogios, "Emilia Pérez" também enfrenta críticas severas

    Emilia Perez (Foto: Reprodução)
    Redação Brasil 247 avatar
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    O longa-metragem "Emilia Pérez", um drama criminal musical dirigido pelo francês Jacques Audiard, tem provocado reações intensas desde sua estreia no Festival de Cannes em maio, onde foi premiado. A obra, que mistura estilos e aborda temas controversos, divide opiniões entre críticos e o público geral. A informação é do portal g1.

    A trama acompanha Rita (Zoe Saldana), uma advogada desiludida com sua profissão, que é contratada pelo líder de um cartel mexicano, Manitas del Monte (Karla Sofía Gascón), para ajudá-lo em uma cirurgia de transição de gênero. O objetivo de Manitas é proteger sua esposa, Jessí (Selena Gomez), e seus filhos dos perigos do submundo do crime. Inspirado no romance "Ecoute", do escritor francês Boris Razon, o filme explora questões de identidade, transformação e redenção moral.

    Apesar dos elogios à originalidade e à atuação de Karla Sofía Gascón, uma atriz trans que desponta como potencial indicada ao Oscar, "Emilia Pérez" também enfrenta críticas severas. Entre as principais questões apontadas estão a representação da sociedade mexicana - incluindo estadunidenses com um espanhol ruim -  e a abordagem da identidade trans. Para alguns, o filme simplifica processos complexos, como os procedimentos cirúrgicos e os efeitos dos hormônios, além de usar a transição de gênero como uma ferramenta de redenção moral.

    Outro ponto polêmico é a falta de autenticidade cultural. Embora a história se passe no México, o filme foi rodado quase inteiramente na França, com poucas contribuições de artistas mexicanos. "A sensação é de que o filme desconecta-se da realidade que pretende representar", apontaram críticos.

    Por outro lado, figuras de peso em Hollywood, como Denis Villeneuve e Guillermo del Toro, elogiaram a ousadia da obra. A trilha sonora, composta por Camille e Clément Ducol, também recebeu aclamação, sendo considerada inventiva e emocionante.

    Audiard, que já dirigiu atores falando tâmil em "Dheepan: O Refúgio", defendeu sua abordagem: “Não conhecer a linguagem me dá uma qualidade de distanciamento. Quando dirijo na minha própria língua, fico preso aos detalhes”.

    Enquanto "Emilia Pérez" acumula prêmios, incluindo quatro Globos de Ouro, e caminha para a temporada do Oscar, a obra segue provocando debates nas redes sociais e diversas postagens críticas à qualidade do longa.  

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