Alckmin diz que não houve motivo para recente alta do dólar e chama mercado de "estressado"
"Se olhar o tripé macroeconômico, o câmbio é flutuante. Do mesmo jeito que subiu, ele reduz", afirmou o vice-presidente
247 — O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) declarou nesta terça-feira (9) que o aumento do dólar na última semana não teve justificativa. A moeda americana chegou a atingir a máxima de R$ 5,70, mas começou a cair a partir de quinta-feira (5) após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmar o compromisso com o arcabouço fiscal. O governo anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais para 2025.
"Se olhar o tripé macroeconômico, o câmbio é flutuante. Do mesmo jeito que subiu, ele reduz. Ele tem oscilações e deve ser flutuante mesmo. Acredito que vai cair mais. A tendência é que caia mais. É que o mercado é estressado. Não tem nenhuma razão para ter ido no patamar que foi. A tendência é que ele caia", afirmou Alckmin.
O vice-presidente também expressou confiança na queda dos juros e disse que não há razão para a Selic ser a segunda maior taxa básica de juros do mundo.
Durante o discurso, Alckmin não mencionou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem sido alvo das queixas de Lula. O presidente tem liderado as críticas à autoridade econômica pela manutenção da taxa em 10,5%.
No último dia 2, Lula afirmou que o Banco Central é uma instituição de estado e não pode servir aos interesses do sistema financeiro. Ele ainda disse que Campos Neto tem um viés ideológico. (Com informações da Folha).
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