BC deve considerar expectativas de inflação, mas também fundamentos da economia, diz Haddad
Autoridade monetária elevou a taxa básica de juros a 14,25% ao ano nesta semana
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que o Banco Central tem que olhar para as expectativas de inflação ao conduzir a política monetária, mas também tem que olhar para os fundamentos da economia.
Em entrevista à GloboNews, Haddad afirmou confiar que o BC olhará para todas as variáveis e trará a inflação para a meta da maneira mais inteligente possível.
"O BC tem que olhar para a expectativa, sim, o modelo do BC considera as expectativas para a tomada de decisão, mas ele tem que olhar também para os fundamentos da economia", afirmou.
Ao elevar a taxa básica de juros a 14,25% ao ano nesta semana, a autoridade monetária mencionou a desancoragem das expectativas de mercado para a inflação, mas também fez alertas sobre a resiliência da atividade econômica do país e pressões do mercado de trabalho.
Na entrevista, Haddad citou "barbeiragens" feitas por economistas na elaboração de estimativas para a economia, que são usadas pelo BC em suas avaliação. Para ele, o governo recebe cobranças maiores quando erra projeções.
O ministro disse ter confiança na liderança de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, e nos outros diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a autarquia.
Ele ainda defendeu a atuação do governo na área fiscal, afirmando que todas as medidas enviadas pelo governo foram na direção correta e estão produzindo resultados positivos.
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