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    “Uma decisão péssima, equivocada e ruim para o país”, diz Zeca Dirceu sobre aumento da Selic

    Deputado critica impacto dos juros altos na economia e cobra mudança de estratégia do Banco Central

    Zeca Dirceu (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)
    Camila França avatar
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    247 - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 14,25% colocou o Brasil na quarta posição entre os países com a maior taxa de juros real do mundo. A medida, anunciada pelo Banco Central, foi alvo de duras críticas do deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), que classificou o aumento como um erro estratégico com impactos negativos na economia e no setor produtivo.

    “Uma decisão péssima, equivocada e que não prejudica o presidente Lula ou o nosso governo, prejudica o nosso país, prejudica a quem paga imposto”, afirmou Dirceu. Segundo o parlamentar, o encarecimento do crédito compromete investimentos em áreas essenciais como saúde e educação, ao direcionar mais recursos para o pagamento da dívida pública.

    Para Dirceu, os sucessivos aumentos da taxa básica de juros não trouxeram os resultados esperados no controle da inflação. “Está claro e comprovado pelo pouco resultado que os últimos aumentos trouxeram para a taxa de inflação, que a inflação do Brasil não tem essa dinâmica que eles estabeleceram. Por isso que ela é uma decisão equivocada. Ruim para o país”, criticou.

    Além dos efeitos sobre a arrecadação pública, o deputado apontou que os juros elevados afetam diretamente pequenos e médios empresários, além do setor agrícola. “Está sangrando o bolso dos pequenos e médios empresários, agricultores, que precisa produzir, precisa de crédito e o Brasil está com essa taxa [de juros] mais alta do mundo.”

    Dirceu também comentou sobre os dirigentes do Banco Central e reforçou que sua crítica não se dirige a indivíduos, mas à política monetária adotada pela instituição. “A minha crítica não é à pessoa do Galípolo [Gabriel Galípolo, atual presidente do BC indicado por Lula], não é à pessoa do Campos Neto, que presidiu o BC durante tanto tempo, mas a nossa crítica tem que se concentrar na decisão, que é equivocada, e não tem dado resultado e não tem ajudado a controlar a inflação.”

    O Banco Central indicou que na próxima reunião do Copom, em maio, poderá haver um ajuste de menor magnitude, mas ainda não sinalizou uma mudança mais expressiva na política monetária. Enquanto isso, cresce a pressão do governo e de setores produtivos por uma revisão da estratégia, diante dos impactos da Selic elevada sobre o crescimento econômico e a geração de empregos.

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