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BNDES destina R$ 1,39 bilhão para fomentar inovação na indústria farmacêutica

Mercadante ressaltou a importância do setor farmacêutico, que representa aproximadamente 9,7% do PIB brasileiro

Aloizio Mercadante (Foto: Divulgação)

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247 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira (14), durante um evento no Palácio do Planalto, a aprovação de R$ 1,39 bilhão em três operações de financiamento destinadas a impulsionar a pesquisa, desenvolvimento e inovação na indústria farmacêutica brasileira. A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de autoridades como a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

O montante aprovado será dividido entre as empresas EMS, Aché e Eurofarma, que investirão os recursos em projetos estratégicos para a produção de novos medicamentos e tecnologias, com potencial de ampliar significativamente o acesso a tratamentos de saúde no Brasil e no exterior.

Inovação e Competitividade

A EMS receberá R$ 500 milhões para financiar o desenvolvimento de oito medicamentos genéricos destinados ao tratamento de diabetes e câncer, além de 17 novas formulações para o combate a doenças como ansiedade, insônia e náusea. "Estamos entrando em uma nova era de estudos incrementais e tecnologias disruptivas que irão promover ainda mais bem-estar e qualidade de vida", afirmou Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS.

Já a Aché contará com R$ 389,7 milhões para investir em mais de 70 projetos de pesquisa, incluindo o desenvolvimento de novos princípios ativos e tecnologias farmacêuticas. A empresa também planeja construir um laboratório de alta potência em Guarulhos, o que deve acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos e aumentar sua competitividade no mercado global.

A Eurofarma, por sua vez, utilizará os R$ 500 milhões aprovados para continuar desenvolvendo cerca de 200 projetos, focados tanto em inovação radical quanto em melhorias incrementais e na introdução de novos genéricos e biossimilares no mercado brasileiro. "Nosso objetivo é manter a liderança em inovação e ampliar a oferta de medicamentos que atendam tanto ao mercado privado quanto ao Sistema Único de Saúde (SUS)", destacou a empresa em nota.

Impacto Econômico e Social

Durante o evento, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do setor farmacêutico, que representa aproximadamente 9,7% do PIB brasileiro, destacando seu papel fundamental na inovação tecnológica e na melhoria da qualidade de vida da população. Segundo ele, os investimentos do Banco permitirão à indústria nacional oferecer medicamentos inéditos, com preços até 35% menores para o consumidor. "O que estamos fazendo aqui não é apenas produzir genéricos, mas desenvolver novas rotas tecnológicas e produtos que serão registrados em mercados sofisticados como os Estados Unidos e a União Europeia", afirmou Mercadante.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, também enfatizou que os projetos apoiados estão alinhados com a nova política industrial do governo, que visa fortalecer o Complexo Econômico-Industrial de Saúde e reduzir a vulnerabilidade do SUS.

Perspectivas Futuras

Desde o início de 2023 até julho, o BNDES já aprovou R$ 2,28 bilhões em financiamentos para o setor de saúde, um aumento de 34% em relação ao total de 2023. Somente na indústria farmacêutica, o valor aprovado nos primeiros sete meses de 2023 já ultrapassa em 33% o total de todo o ano anterior.

O BNDES projeta adicionar mais R$ 1,5 bilhão em novas operações no Complexo da Saúde até o final do ano, alcançando um total de R$ 5,5 bilhões em investimentos em dois anos. Além disso, o Banco está estruturando um Fundo de Investimento em Biotecnologia, com valor previsto de R$ 250 milhões, que será voltado para startups de saúde com soluções baseadas em ciência e tecnologia de alta complexidade.

Esta iniciativa marca um avanço significativo na estratégia do governo de promover a inovação e a competitividade da indústria farmacêutica nacional, com impactos positivos esperados tanto para a economia quanto para a saúde pública.

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