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    BNDES lança Letra de Crédito do Desenvolvimento em outubro, com foco no crescimento industrial

    Primeira emissão da Letra de Crédito do Desenvolvimento será voltada à indústria, com foco em crédito mais acessível e inovação digital

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Foto: Reuteres/Sergio Moraes)

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    247 - O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta segunda-feira (23) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará, em outubro, a primeira captação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD). O novo instrumento financeiro foi sancionado neste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tem como objetivo oferecer um crédito mais acessível ao setor industrial brasileiro.

    "A indústria, através do LCD, vai poder ter um crédito mais barato para poder investir e poder crescer. O que faz toda a diferença no país, cujo custo de capital é muito alto", disse Alckmin durante um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de acordo com a Folha de S. Paulo.

    O título será emitido por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, com um limite de até R$ 10 bilhões anuais, e funcionará de forma semelhante às letras de crédito do agronegócio (LCA) e imobiliário (LCI), que já movimentam recursos em outros setores. "A indústria, através do LCD, vai poder ter um crédito mais barato para poder investir e crescer. O que faz toda a diferença no país cujo custo de capital é muito alto", destacou Alckmin.

    Para pessoas físicas, a LCD garante isenção do Imposto de Renda, enquanto para pessoas jurídicas haverá redução de 25% para 15% no tributo, tornando o título atraente para investidores e empresas que buscam ampliar seus investimentos no setor industrial.

    Durante o evento, Alckmin também lançou a terceira fase do programa Brasil Mais Produtivo, que visa aumentar a competitividade das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) industriais, com foco na transformação digital e adoção de tecnologias da Indústria 4.0. O governo espera que, até 2026, um quarto das indústrias do país estejam digitalizadas, utilizando big data, computação em nuvem, inteligência artificial e robótica.

    O programa, parte da Nova Indústria Brasil, prevê subsídios, linhas de crédito e exigências de conteúdo local para impulsionar o desenvolvimento das empresas nacionais. Nesta nova fase, serão disponibilizados R$ 160 milhões, provenientes de parcerias entre a Finep e o BNDES, para apoiar o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias voltadas para MPMEs.

    Alckmin também reforçou a necessidade de aumentar as exportações brasileiras para países da América do Sul. "O mundo é globalizado, mas o comércio é intra-regional", afirmou. Ele destacou que, ao contrário de outras regiões, a América Latina tem apenas 26% do seu comércio concentrado internamente, o que representa uma oportunidade para o Brasil recuperar o mercado regional e exportar produtos de maior valor agregado.

    Além disso, o vice-presidente garantiu que o governo federal manterá o cumprimento do novo arcabouço fiscal, destacando a recente liberação de R$ 1,7 bilhão, anteriormente congelado no Orçamento de 2024, como resultado do crescimento da arrecadação de impostos.

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