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Brasil e Bolívia assinam acordo de interconexão de seus sistemas elétricos

“Essa interligaçãoajudará a descarbonizar parte da Amazônia, além de dar mais segurança energética aos nossos vizinhos bolivianos”, disse o ministro Alexandre Silveira

Alexandre Silveira assina acordo na Bolívia (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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SÃO PAULO (Reuters) - Os governos do Brasil e da Bolívia celebraram nesta terça-feira memorandos de entendimentos na área de energia que preveem a interconexão entre os países para transmissão e distribuição de energia elétrica e a otimização da operação da usina hidrelétrica de Jirau.

Segundo comunicado do Ministério de Minas e Energia brasileiro, um dos acordos tem como objetivo conectar o sistema de distribuição de energia brasileiro ao norte da Bolívia, onde as redes elétricas atualmente operam de forma isolada.

“Essa interligação com o Brasil ajudará a descarbonizar parte da Amazônia entre os dois países, além de dar mais segurança energética aos nossos vizinhos bolivianos”, disse o ministro Alexandre Silveira, em nota.

A interligação se dará entre as subestações Guajará-Mirim (RO/Brasil) e Guayaramerin (Bolívia), e entre as subestações Epitaciolândia (AC/Brasil) e Cobija (Bolívia).

O outro acordo entre os países envolve a otimização da geração de energia da hidrelétrica de Jirau, localizada no Rio Madeira. Haverá flexibilização de uma regra operativa, de forma a permitir que a usina continue operando na cota 90 m constante ou ampliada durante o período de estiagem, com ganhos energéticos ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Quarto maior empreendimento de geração de energia do Brasil em capacidade instalada, com 3.750 megawatts (MW) de potência, Jirau produz muita energia no período úmido, devido às chuvas abundantes na região Norte, mas sua geração cai drasticamente durante o período seco, já que se trata de uma usina a fio d'água (sem reservatório de acumulação).

Os países também assinaram um aditivo a um memorando de entendimento de 2007 que trata da integração energética por meio da utilização da infraestrutura já existente para transporte de gás natural, "satisfazendo a demanda do mercado brasileiro", diz o comunicado do Ministério de Minas e Energia.

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