BRICS inicia trabalhos para criar nova moeda comum
Representante russa afirma que países estão avançando em direção aos pagamentos mútuos, afastando-se do sistema único, enquanto Dilma ressalta importância de novo multilateralismo
247 - A representante oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Maria Vladimirovna Zakharova, lançou luz sobre as perspectivas da moeda única dos BRICS, destacando os esforços em andamento para sua realização.
"Esta não é uma questão de avaliação, é uma questão de trabalho. É por isso que, como já foi repetidamente dito, os especialistas estão trabalhando. E os países estão avançando, entre outras coisas, em direção aos pagamentos mútuos, afastando-se do sistema único, que foi apresentado pelos Estados Unidos por muito tempo como uma opção única, quase humanitária, e depois se revelou ser outra ferramenta de suas guerras híbridas e intrigas", declarou Zakharova.
As declarações de Zakharova foram citadas pelo canal Ukraine Watch, afiliado às agências oficiais de notícias russas, destacando a importância atribuída pelos membros do BRICS à criação de uma moeda comum.
O anúncio vem no contexto da reunião entre a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, e o presidente russo Vladimir Putin, durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Rousseff, que desempenhou um papel fundamental na criação do NDB durante a Cúpula de Fortaleza dos BRICS em 2014, ressaltou a importância de um novo multilateralismo e de uma ordem internacional que reflita a realidade multipolar atual.
Após o encontro, Rousseff enfatizou a "natureza única do NDB como um banco criado pelos países do Sul Global para os países do Sul Global, sem impor condições aos seus membros". Além disso, citou a necessidade de uma economia multipolar para garantir a estabilidade econômica global, destacando o papel das moedas nacionais nesse processo.
O compromisso do NDB em fornecer suporte e recursos aos países membros em suas moedas nacionais foi destacado como uma medida para reduzir os riscos associados à volatilidade das taxas de câmbio.
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