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CEO do Banco XP, José Berenguer destaca o comprometimento do governo com metas fiscais: 'vão entregar o máximo possível'

O dirigente também afirmou que não vê falta de articulação entre membros dos poderes Legislativo e Executivo

José Berenguer (Foto: Vivian Koblinsky/Divulgação)

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247 - CEO do Banco XP, José Berenguer afirmou que, se representantes do mercado ver falta de comprometimento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com meta fiscal, seria um erro de interpretação. O dirigente também disse não ver "desalinhamento" entre os poderes Legislativo e Executivo. CEO quer dizer Chief Executive Officer, ou Diretor Executivo, em português.

O dirigente citou os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e parlamentares do Congresso Nacional. A reportagem foi assinada por Cynthia Decloedt, no Broadcast, da Agência Estado.

"Sinto é que existe um comprometimento total por parte da Fazenda, do Planejamento e mesmo do Congresso em fazer com que isso caminhe dentro do que foi combinado em termos de metas. Não tenho dúvida que eles vão perseguir ao máximo e vão entregar o máximo possível", afirmou. "Eu não vejo um desalinhamento entre Congresso e Executivo. Zero, zero mesmo".

O dirigente comentou sobre os juros, atualmente em 10,50% ao ano. Apesar de citar comprometimento do governo Lula com metais fiscais, o CEO do banco não acredita que os juros vão cair mais rapidamente. "(Se) houver entregas fiscais, o juro lá fora cair, o câmbio voltar um pouco, pode ser que mais pra frente a gente volte a discutir queda de juros".

Aliados do governo pressionam o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para baixar os juros com mais velocidade, com o objetivo de facilitar acesso ao crédito, aumento do poder de compra, e crescimento da economia. O dirigente do BC tem dito que é preciso estar atento à inflação e cita os preços para justificar a queda gradual dos juros.

Quando a Selic aumenta, o crédito fica mais caro, as pessoas têm menos dinheiro para gastar, e a inflação fica estagnada ou diminui. Campos Neto tem dito que é necessário não deixar a inflação subir e, por consequência, tenta justificar a alta dos juros.

Mas, no contexto atual, os preços estão baixando. O IPCA fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), a economia brasileira pode crescer acima de 2,5% em 2024, destacou o coordenador de Contas Nacionais do FGV Ibre, Claudio Considera.

Outra pesquisa, Novo Caged, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostrou que o terceiro mês de 2024 foi marcado pela geração de 244.315 postos formais. Com isso, em 15 meses, de janeiro de 2023 a março de 2024, quase 2,2 milhões de empregos formais foram criados no Brasil, dos quais 1,64 milhão abertos nos últimos 12 meses. Um outro desdobramento é que o país chegou a um total de 46 milhões de pessoas atuando com carteira assinada, o maior estoque de toda a série histórica.

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