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    Dados do BC indicam que a expansão do PIB em 2024 será superior a 3,5%

    "Estamos encerrando o ano com um crescimento acima de 3,5%, o que é um marco importante para a economia brasileira", afirmou Haddad

    Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil )

    247 – O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (13) os resultados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) referentes ao mês de outubro, evidenciando um crescimento de 3,7% na atividade econômica brasileira nos primeiros dez meses de 2024. Na comparação anual, o índice acumula alta de 3,4% em relação a outubro de 2023. A Agência Gov trouxe detalhes sobre os números que, segundo economistas, refletem um desempenho sólido da economia, ancorado na retomada da produção industrial e no consumo interno.

    A publicação do IBC-Br reforça as projeções do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem destacado um cenário positivo para o Produto Interno Bruto (PIB). "Estamos encerrando o ano com um crescimento acima de 3,5%, o que é um marco importante para a economia brasileira neste período de recuperação", afirmou Haddad em eventos recentes.

    Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a produção industrial segue em ritmo de recuperação. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional indicou que, de janeiro a outubro, a indústria cresceu 3,4%, com 17 dos 18 estados pesquisados apresentando resultados positivos. Na comparação anual, o avanço foi ainda mais expressivo: 5,8% frente a outubro de 2023.

    Indústria paulista lidera avanço nacional

    O estado de São Paulo, que concentra o maior parque industrial do país, registrou um crescimento de 2,0% na passagem de setembro para outubro, acumulando alta de 3,1% nos dois últimos meses. Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, destacou os setores mais dinâmicos da indústria paulista: "Os setores de veículos automotores, produtos químicos e máquinas, aparelhos e materiais elétricos foram os que mais impulsionaram os resultados em São Paulo. Hoje, a indústria do estado está 3,8% acima do patamar pré-pandemia."

    Apesar do bom desempenho geral, o IBGE apontou desafios pontuais, como o recuo na atividade fabril em estados como Rio Grande do Sul (-1,4%) e Rio de Janeiro (-1,3%) entre setembro e outubro.

    Recuperação econômica sustentada e otimismo para 2024

    Os dados reforçam um cenário de recuperação econômica, marcado pela retomada da produção industrial e pela resiliência de setores-chave, como o automobilístico e o químico. Com um mercado interno aquecido e exportações estáveis, a perspectiva é que o crescimento se mantenha robusto nos próximos meses.

    Haddad, em declarações recentes, celebrou os resultados: "O que estamos vendo é o efeito de uma correção de rota, com políticas que priorizam o emprego e a estabilidade econômica. Nosso objetivo é garantir que esse crescimento seja sustentável e inclusivo."

    Embora o Brasil esteja avançando em diversos indicadores econômicos, especialistas alertam para a necessidade de políticas consistentes que ampliem a competitividade da indústria e consolidem os ganhos recentes. O desafio, segundo analistas, será transformar o crescimento atual em um ciclo virtuoso de longo prazo, com investimentos em infraestrutura e inovação.

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