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    "Decisão do Copom sobre a taxa de juros é um escândalo e Campos Neto é um bolsonarista sabotador", diz Lindbergh

    Deputado criticou corte de apenas 0,25 ponto percentual na taxa Selic, anunciado nesta quarta-feira

    Lindbergh Farias e Roberto Campos Neto (Foto: ABR)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) disparou críticas contundentes contra a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em relação à taxa básica de juros (Selic). A redução de apenas 0,25 ponto percentual, passando de 10,75% para 10,50% ao ano, foi classificada por Farias como uma "vergonha" e um "escândalo".

    Segundo o político, a queda da inflação deveria ter sido acompanhada por um corte mais expressivo na taxa Selic. No entanto, ele aponta que declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, influenciaram para que a redução fosse menor.

    "Isso é uma vergonha, um escândalo. Sabe por quê? Porque a inflação caiu, aí tinha uma previsão de queda de 0,5 ponto percentual na Selic, mas o Roberto Campos Neto começou a dar declarações de que a queda da taxa de juros tinha que ser menor", afirmou Lindbergh Farias.

    Farias alega que Campos Neto agiu assim devido a mudanças na previsão de déficit fiscal para o ano de 2025 pelo governo federal. Essa mudança, segundo ele, foi interpretada pelo mercado como uma justificativa para uma redução mais branda na taxa de juros. "O Campos Neto começou a dar declarações [para reduzir o corte na taxa de juros, que vinha sendo de 0,5 ponto percentual a cada atualização]", disse o deputado.

    Ele ainda acusa o presidente do Banco Central de sabotagem econômica, afirmando que suas ações visam travar a economia brasileira. "É uma loucura ter uma autonomia do Banco Central em que o presidente da República [Lula] entra com um presidente do BC nomeado pelo outro presidente, que é bolsonarista e está torcendo contra", disse Farias.

    As críticas de Lindbergh Farias vêm em meio a uma série de discordâncias em relação à política monetária atual. A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, também se manifestou contra a decisão do Copom, chamando-a de "crime contra o país" e acusando a direção bolsonarista do Banco Central de sabotar o desenvolvimento do Brasil.

    A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 18 e 19 de junho

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