Dólar cai e volta a ser cotado abaixo de R$ 5,25
O avanço de commodities como petróleo e minério de ferro, e o ambiente mais favorável para os ativos brasileiros conduziram a moeda norte-americana para o território negativo
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Após atingir na véspera o maior valor desde janeiro do ano passado, o dólar à vista fechou a quinta-feira (6) em baixa firme ante o real, com as cotações em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior, com a alta do Ibovespa e com a baixa dos juros futuros, em um dia favorável para os ativos brasileiros.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,2492 reais na venda, em baixa de 0,90%.
Às 17h09, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,93%, a 5,2620 reais na venda.
No início do dia a moeda à vista chegou a subir pontualmente, marcando a cotação máxima de 5,3102 reais (+0,25%) às 9h08.
No entanto, o recuo da divisa norte-americana ante outras moedas no exterior, o avanço firme de commodities como petróleo e minério de ferro e o ambiente mais favorável para os ativos brasileiros conduziram o dólar para o território negativo ainda na primeira hora de negócios.
Profissional ouvido pela Reuters pontuou que o dia era positivo para os ativos brasileiros de modo geral, o que se refletia no forte avanço do Ibovespa, na queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) e no recuo do dólar ante o real, que chegou a ser superior a 1% durante a sessão.
Os cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), na manhã desta quinta-feira, e pelo Banco do Canadá, na véspera, também eram citados como fatores para o maior otimismo global, enquanto a curva de juros norte-americana seguia precificando dois cortes de juros pelo Federal Reserve ainda em 2024.
Neste ambiente, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,2409 reais (-1,06%) às 14h45. Às 16h30 houve um repique nas cotações, com o dólar ensaiando recuperar força ante o real, mas o movimento durou pouco e a moeda ainda fechou abaixo dos 5,25 reais.
No exterior, o dólar também cedia no fim da tarde ante a maioria das demais moedas, com exceção de divisas como o peso mexicano -- pressionado desde a vitória da esquerda nas eleições presidenciais -- e a rupia indiana.
Os negócios com moedas eram permeados ainda pela expectativa antes da divulgação, na sexta-feira, dos dados do relatório de empregos payroll. A avaliação é de que os números podem abrir espaço para mudanças substanciais nas cotações, em meio a apostas sobre quando o Federal Reserve iniciará o processo de corte de juros.
Às 17h08, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,14%, a 104,100.
Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto.
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