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    Exportações de carne bovina caem 6% em fevereiro, mas receita cresce 12,6%

    Aumento no valor da tonelada exportada impulsiona faturamento; China e EUA reduzem compras, enquanto Chile e Argélia ampliam importações

    Pecuária brasileira (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)
    Luis Mauro Filho avatar
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    247 - As exportações brasileiras de carne bovina registraram uma queda de 6% no volume embarcado em fevereiro de 2025, totalizando 217,11 mil toneladas, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta segunda-feira (17/3), com base em informações do governo federal. 

    Apesar da redução no volume, a receita proveniente dessas exportações aumentou 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 1,038 bilhão. ​

    Esse crescimento na receita é atribuído ao aumento do preço médio da carne bovina exportada, que passou de US$ 4.000 por tonelada em fevereiro de 2024 para US$ 4.782 por tonelada no mesmo mês deste ano. ​

    No acumulado do primeiro bimestre de 2025, as exportações de carne bovina somaram 456,14 mil toneladas, uma redução de 2% em relação ao mesmo período de 2024. Contudo, a receita acumulada no bimestre cresceu 12%, totalizando US$ 2,066 bilhões. ​

    Principais destinos e variações nas exportações

    A China, principal mercado para a carne bovina brasileira, reduziu suas importações em 5,3% no primeiro bimestre de 2025, adquirindo 183,8 mil toneladas. Apesar dessa diminuição, a receita obtida com as exportações para o país asiático aumentou 4,5%, alcançando US$ 895,9 milhões, devido ao incremento no preço médio por tonelada. 

    Os Estados Unidos, segundo maior importador da carne bovina brasileira, também apresentaram uma redução de 12,1% no volume importado no primeiro bimestre, totalizando 78,2 mil toneladas. Entretanto, a receita proveniente dessas exportações cresceu 10,9%, atingindo US$ 286,3 milhões, reflexo do aumento no valor médio da tonelada exportada. ​

    Em contrapartida, países como Chile e Argélia ampliaram significativamente suas importações de carne bovina brasileira. O Chile aumentou suas aquisições em 61,7% no primeiro bimestre de 2025, importando 19,2 mil toneladas e gerando uma receita de US$ 105 milhões, um crescimento de 92,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Argélia, por sua vez, elevou suas importações em 199%, totalizando 15,9 mil toneladas, com uma receita de US$ 85,4 milhões, um aumento de 254% em comparação a 2024. ​

    Exportações de carne suína registram crescimento expressivo

    Enquanto as exportações de carne bovina enfrentaram uma redução no volume, o setor de carne suína brasileira apresentou um desempenho positivo em fevereiro de 2025. As exportações de carne suína aumentaram 17% no mês, totalizando 114,4 mil toneladas, em comparação às 97,8 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano anterior. A receita dessas exportações somou US$ 272,9 milhões, um crescimento de 32,6% em relação aos US$ 205,7 milhões registrados em fevereiro de 2024. ​

    No acumulado dos dois primeiros meses de 2025, as exportações de carne suína alcançaram 220,4 mil toneladas, um aumento de 11,6% em relação ao mesmo período de 2024. A receita no bimestre foi de US$ 510,9 milhões, representando um crescimento de 26,2% em comparação aos US$ 404,8 milhões registrados no ano anterior. ​

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