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    Fluxo de recursos estrangeiros para mercados emergentes cairá com ameaça de tarifas, diz Instituto de Finanças Internacionais

    As ameaças de tarifas, um dólar forte e cortes mais lentos do que o esperado nos juros pelo Federal Reserve estão afetando os planos dos investidores

    Dinheiro (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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    Reuters - O crescimento global desacelerará em 2025 e os investidores estrangeiros devem reduzir em quase 25% o dinheiro que enviam para mercados emergentes, à medida que as políticas do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repercutirem, disse um instituto do setor financeiro nesta quarta-feira.

    As ameaças de tarifas, um dólar mais forte e cortes mais lentos do que o esperado na taxa de juros pelo Federal Reserve já estão afetando os planos dos investidores, disse o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).

    "O ambiente para os fluxos de capital tem se tornado mais desafiador, moderando o apetite dos investidores por ativos de risco", disse o IIF em seu relatório semestral.

    A mudança está atingindo a China com mais força, e os mercados emergentes fora da China devem atrair fluxos "robustos" de títulos e ações - liderados por economias ricas em recursos no Oriente Médio e na África.

    Já em 2024, a China marcou seu primeiro fluxo negativo de investimento estrangeiro direto em décadas, e os fluxos totais de portfólio para a segunda maior economia do mundo devem se tornar negativos, com uma saída de 25 bilhões de dólares, em 2025.

    "Essa divergência destaca a contínua resiliência dos mercados emergentes não chineses, apoiada pela melhoria do sentimento de risco, mudanças estruturais como a diversificação da cadeia de suprimentos e a forte demanda por dívidas em moeda local", disse o IIF.

    O IIF projetou que o crescimento global será moderado para 2,7% em 2025, ante 2,9% este ano, enquanto os mercados emergentes deverão crescer 3,8%.

    No entanto, o grupo espera que os fluxos de capital para os mercados emergentes caiam para 716 bilhões de dólares, em comparação com os 944 bilhões de dólares deste ano, afetados principalmente por fluxos mais fracos para a China.

    O IIF advertiu que seu cenário base pressupõe apenas a implementação seletiva de tarifas. Se as tarifas de 60% ameaçadas por Trump sobre a China - e 10% para o resto do mundo - entrarem em vigor, o cenário se agravará.

    "Uma implementação mais forte e rápida das tarifas pelos Estados Unidos pode exacerbar os riscos, ampliando os distúrbios no comércio global e nas cadeias de suprimentos, colocando pressão adicional sobre os fluxos de capital dos mercados emergentes", disse.

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