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FUP diz esperar que novo comando da Petrobras ajude a cumprir programa do governo Lula

"“Esperamos que a nova presidente ajude a cumprir o programa do presidente Lula, enfrentando os desafios que há junto ao mercado”, diz o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar

Deyvid Bacelar (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse esperar que Magda Chambriard, indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da Petrobras, mantenha o diálogo aberto ao longo de um ano e três meses da gestão de Jean Paul Prates à frente da estatal. “As ideias de Magda Chambriard, especialista da área, coadunam com as da FUP em relação ao fortalecimento da indústria naval nacional, conteúdo local, ampliação do parque de refino”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

“Esperamos que a nova presidente ajude a cumprir o programa do presidente Lula, enfrentando os desafios que há junto ao mercado e a uma parte da corporação da Petrobrás, que joga contra a implementação desse programa que foi aprovado pela população nas urnas”, completou. 

Ainda segundo Bacelar, também é preciso que a nova gestão dê atenção à agenda interna da categoria petroleira - que vinha sendo tocada pela atual administração -, relativa à solução de problemas ligado ao planos de previdência e de saúde, com descontos atuais de até 100% do salário dos trabalhadores da ativa e aposentados, além de outros temas de interesse dos funcionários, como o novo plano de cargo e salário e reposição de efetivo.

“Na gestão de Prates, a relação com o movimento sindical e os trabalhadores  melhorou infinitamente, com a reconquista de parte de direitos perdidos  ao longo dos últimos anos em negociações coletivas. Houve a mudança da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), avanços no capítulo de energia, que ajudamos a construir e a  diagnosticar durante a equipe de transição do governo Lula, da qual Prates fez parte no comando do subgrupo de petróleo e gás”, ressaltou Bacelar. 

Ainda segundo ele, também será necessário avançar em outros pontos, como o apoio à indústria naval, com a retomada de encomendas da Petrobrás no Brasil, e também ações do governo, como o aumento do índice de conteúdo local, queda nas  taxas de financiamento ao setor com a atuação de bancos públicos e recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM). 

“Uma agenda de trabalho com grande potencial de geração de emprego e renda rapidamente”, afirma ele, defendendo ainda a necessidade de conter o alto índice de afretamento de plataformas, e estimular a construção de plataformas e navios próprios da Petrobras.

Para a FUP, também são necessários avanços nas obras de expansão da refinaria Abreu e Lima (Rnest/ PE), Gaslub, (RJ), reabertura das fábricas de fertilizantes, como a Fafen do Paraná, e conclusão da fábrica de Mato Grosso do Sul. “Os prazos para a conclusão dessas obras estão muito distantes, 2028 e 2029. O que justifica uma refinaria que falta apenas 30% para ser concluída, como a Rnest, inaugurar só em 2028?”, questionou o dirigente sindical. 

Ainda segundo ele, a estatal também precisa avançar no tocante à transição energética. “A Petrobras tem potencial de ser pioneira mundial no desenvolvimento de tecnologia  verde, gerando empregos no Brasil. Mas tem gente na gestão da empresa que não quer que a Petrobras invista em transição energética, que não concorda com o projeto do governo. Essas pessoas não deveriam estar na administração da empresa”, destacou. 

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