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Galípolo nega que BC esteja em "corner" sobre Selic e diz que subir juros é "situação cotidiana"

O diretor de Política Monetária disse discordar "respeitosamente" das interpretações do mercado sobre o Banco ter ficado em uma situação difícil

Gabriel Galípolo (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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(Reuters) - Em um discurso duro sobre inflação e juros na tarde desta quinta-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que suas falas recentes não colocaram o BC em um "corner" em relação ao que será feito com a Selic em setembro, mas repetiu que a autarquia subirá a taxa básica se necessário.

Nos últimos dias têm ganhado força entre instituições financeiras a avaliação de que, em função de falas recentes de Galípolo, consideradas hawkish (duras com a inflação), o BC terá que subir a Selic em pelo menos 25 pontos-base em setembro mesmo em meio à relativa melhora do cenário externo, já que as taxas futuras precificam isso.

Durante evento em São Paulo, Galípolo disse discordar "respeitosamente" das interpretações do mercado sobre o BC ter ficado em um "corner", em referência a uma situação difícil.

Ao mesmo tempo, ele manteve o discurso duro das últimas semanas: "Inflação fora da meta é situação desconfortável, e ter que subir juros é situação cotidiana para quem está no BC".

No evento promovido pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Galípolo disse que as ferramentas do BC "são amplas" e incluem subir os juros se for preciso.

No início da palestra, Galípolo disse querer reforçar seus comentários anteriores e afirmou estar satisfeito com a interpretação de suas mensagens recentes.

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