Galípolo promete combater o "Coponês"
Em evento no Itaú, ele defendeu uma linguagem menos hermética
247 – Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central, afirmou nesta segunda-feira (14) que um de seus principais desafios ao assumir o comando da instituição será tornar a comunicação mais acessível e clara. Em um evento promovido pelo banco Itaú, Galípolo criticou o "Coponês", termo usado para descrever o jargão técnico adotado nas comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom), que ele classificou como um "idioma quase próprio".
De acordo com Galípolo, essa linguagem técnica do Banco Central muitas vezes dificulta a compreensão das decisões da instituição por parte de diferentes públicos. "Sempre é um desafio nos comunicarmos de forma eficiente, pois ao tentar simplificar a linguagem, corremos o risco de enviar sinais errados para aqueles que acompanham de perto a política monetária", disse ele. Para o futuro presidente do BC, a falta de clareza pode gerar ruídos desnecessários no mercado, e uma maior transparência é fundamental para melhorar o entendimento sobre as ações do Banco Central.
Entre os objetivos que Galípolo definiu para sua gestão, que começa em 2025, está também o fortalecimento da colaboração entre o Banco Central e outros reguladores do sistema financeiro, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ele defendeu uma coordenação mais estreita entre essas instituições para garantir a estabilidade e o desenvolvimento sustentável do mercado financeiro brasileiro.
Ao prometer uma comunicação menos hermética e um BC mais transparente, Galípolo sinaliza que pretende adotar uma abordagem mais inclusiva, na tentativa de aproximar o Banco Central do público em geral, sem comprometer a precisão técnica exigida pelas complexas políticas monetárias.
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