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    Haddad: 'Brasil continuará crescendo' e governo fará as 'reformas necessárias para manter a estabilidade do país'

    Ministro exaltou as reformas tributária e do mercado de capitais e prometeu: "a partir do ano que vem, vamos nos debruçar sobre o Imposto de Renda"

    Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

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    247 - Durante o lançamento da Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB) nesta quarta-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso do governo com a continuidade do crescimento econômico e a realização de reformas estruturais que visam corrigir distorções históricas e assegurar um sistema tributário mais justo. A declaração do ministro ganha relevância em um contexto de reestruturação tributária e fortalecimento da infraestrutura para atrair investimentos e fomentar o desenvolvimento do país.

    Segundo Haddad, a reforma do consumo, em andamento, é apenas o início de um processo que deve avançar no próximo ano com uma revisão do Imposto de Renda. “Uma série de distorções do nosso sistema tributário já foi corrigida e há outras a serem corrigidas a partir da finalização deste processo [da reforma] do imposto sobre consumo. A partir do ano que vem, nós vamos nos debruçar sobre o Imposto de Renda, que também tem muitas distorções e nós precisamos endereçar este assunto para melhorar a distribuição de renda no Brasil, para ter um sistema tributário justo, à altura do mundo desenvolvido”, destacou.

    O ministro também revelou que o governo está empenhado em dialogar com o setor privado, atendendo às demandas e necessidades apontadas pelas indústrias, especialmente no campo da construção civil, setor estratégico para o desenvolvimento econômico do Brasil. “Estamos anotando todas as solicitações e demandas do setor privado em torno da reforma tributária. (...) E o setor da construção civil está recebendo a minha atenção e do presidente Lula pessoalmente. Nós sabemos o que a construção civil pode representar em termos de desenvolvimento econômico”, ressaltou Haddad, lembrando que o déficit habitacional e de infraestrutura são prioridades que impactam diretamente a competitividade e a atratividade do Brasil como destino de investimentos.

    Entre os pontos destacados pelo ministro, a reforma do setor de seguros surge como uma inovação que pode trazer mais segurança para grandes projetos de infraestrutura e investimento. O setor, responsável atualmente por cerca de 60% do seu potencial, é essencial para alavancar o PIB do país, como explicou o ministro. “Hoje aproveito para agradecer também os presidentes das duas casas [Senado, Rodrigo Pacheco, e Câmara, Arthur Lira]. Devemos votar em caráter terminativo a maior reforma do setor de seguros em 60 anos. (...) Os grandes investimentos que estão sendo feitos, o chamado ‘seguro de alto risco’, é essencial e precisa de um marco regulatório novo para que as indústrias possam se sentir seguras com um contrato de seguro”, enfatizou, acrescentando que a segurança regulatória é fundamental para que a infraestrutura se desenvolva de maneira sustentável e competitiva.

    Ao final de seu discurso, Haddad demonstrou otimismo em relação ao futuro econômico do Brasil, mesmo em um cenário global de incertezas e desafios. Citando os impactos das economias internacionais, o ministro ressaltou que o Brasil tem as ferramentas e a disposição para continuar seu crescimento com estabilidade e justiça social. “O Brasil vai continuar crescendo. O Brasil não tem razão para não crescer. (...) Nós estamos atentos aos desafios que estão colocados e temos segurança em dizer que nós vamos endereçar as reformas necessárias para manter a estabilidade macroeconômica do país e o Brasil continuar crescendo a taxas expressivas com justiça social, que é a grande obsessão do presidente Lula”, concluiu Haddad.

    Essa série de reformas e projetos propostos, que visam desde o ajuste no sistema tributário até a segurança no setor de seguros e a infraestrutura, reflete a aposta do governo em uma política de desenvolvimento sustentável e inclusivo, que alia competitividade a um sistema mais justo e equilibrado.

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