Haddad diz que Fazenda segue com mesma projeção de crescimento do PIB, após revisão do BC
"Continuamos com a previsão de crescimento da economia brasileira na forma da lei orçamentária", afirmou ministro
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que a área econômica do governo não enxerga razão para uma revisão da estimativa de crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, depois que o Banco Central revisou para baixo suas projeções para o indicador.
"Continuamos com a previsão de crescimento da economia brasileira na forma da lei orçamentária", disse Haddad em entrevista a jornalistas na Fazenda.
"Nós continuamos acreditando num crescimento acima de 2%. Mas cada um tem uma metodologia. Os dois órgãos são muito sérios e têm toda a liberdade de fazer prognóstico. Mas prognósticos de crescimento são sempre prognósticos, são aproximações."
O ministro destacou, porém, que as previsões da pasta têm sido próximas à realidade.
Mais cedo nesta quinta-feira, o BC piorou sua projeção de crescimento econômico do Brasil em 2025 a 1,9%, contra patamar de 2,1% estimado em dezembro. O mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 1,98% em 2025.
Questionado sobre críticas de membros do governo ao presidente do BC, Gabriel Galípolo, Haddad disse ainda que não vê dissonância entre seus comentários e os do chefe da autarquia.
Mais cedo nesta quinta-feira, Galípolo afirmou que tem maior protagonismo nas decisões do Comitê de Política Monetária desde 2024, destacando que as últimas decisões do colegiado têm sido unânimes.
"Nós estamos com o mesmo objetivo de cumprir o novo regime de metas."
Já sobre falas do vice-presidente, Geraldo Alckmin, em que defendeu que a autoridade monetária analise a retirada dos preços de alimentos e de energia do cálculo da inflação, Haddad afirmou que é um tipo de análise que o BC já faz em seus relatórios.
"Quem calcula a inflação é o IBGE, que é uma metodologia consagrada. E, na verdade, o Banco Central avalia os núcleos de inflação e muitas vezes eles desconsideram certa volatilidade de determinados preços. A análise dos núcleos já leva em consideração efeitos sazonais e determinado comportamento em virtude de choques externos, como é o caso de condições climáticas", disse.
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