Demissão de Prates não teve interferência de ministros, diz Haddad
Chefe da Fazenda afirmou que soube da intenção de mudança na liderança da petrolífera desde os rumores divulgados no mês passado
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que considera "natural" a troca na presidência da Petrobras e destacou que a demissão de Jean Paul Prates foi uma decisão exclusiva do presidente Lula (PT). Em uma portaria do Ministério da Fazenda, Haddad enfatizou a importância estratégica do cargo de presidente da maior empresa do país, conforme noticiado pela CNN Brasil.
“Acompanho tudo, mas quero dizer o seguinte: o cargo de presidente da Petrobras é quase um ministro. É uma pessoa que tem que ter uma relação muito próxima com o presidente da República. É a maior companhia do país, é estratégica por várias razões, então é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe do Executivo”, disse Haddad.
Haddad revelou que soube da intenção de mudança na liderança da Petrobras desde os rumores divulgados pela imprensa no mês passado, acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. Ele esclareceu que, embora tenha expressado sua opinião sobre a situação, não participou da decisão de demitir Jean Paul Prates, uma vez que essa escolha foi pessoal de Lula.
“Uma coisa é você opinar, falar o que você pensa ou é a escolha do nome. Aí é uma escolha do presidente da República, uma escolha como foi em todas as ocasiões em que o Lula presidiu o Brasil, uma escolha pessoal dele sem interferência de ministros, ao contrário do que vem sendo veiculado não aconteceu isso, foi uma escolha pessoal dele”, frisou Haddad.
Fontes revelaram à Folha de S. Paulo que a decisão de demitir Prates foi tomada na Casa Civil, sem a participação de Haddad, que estava em reunião com secretários no Ministério da Fazenda. Presentes na reunião decisiva, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), ambos considerados desafetos de Prates, conduziram o planejamento da demissão. Haddad havia defendido a permanência de Prates em abril, argumentando contra a demissão imediata após críticas de Silveira, o que poderia agravar conflitos internos no governo.
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