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    Haddad é inabalável no governo e Congresso buscará alternativas para compensar desoneração, diz Randolfe

    Declaração vem após a devolução, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de trechos da MP que limitaria o uso de créditos de Pis/Cofins, de interesse da Fazenda

    Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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    247 - O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou, nesta quarta-feira (12), em entrevista à GloboNews, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é “inabalável” no governo do presidente Lula, em meio ao desfecho de uma medida provisória que apertaria regras tributárias.

    Após a devolução pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de trechos da MP que limitaria o uso de créditos de Pis/Cofins, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que a pasta não tem um “plano B”, destacando que “o Senado assumiu uma parte da responsabilidade por tentar construir uma solução”.

    O entendimento, segundo uma fonte da Fazenda ouvida pela Reuters, é que a pasta cumpriu seu papel ao apresentar a MP, que geraria ganho de 29,2 bilhões de reais neste ano, mais que suficiente para compensar a perda de receita com a desoneração da folha de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte.

    Randolfe afirmou que o governo “respeita a decisão” de Pacheco e que é “melhor um fim trágico do que uma tragédia sem fim”. “Vamos dialogar junto ao Congresso Nacional para encontrar fontes alternativas”, acrescentou.

    A MP gerou forte reação negativa dos setores atingidos, como o agronegócio e o de combustíveis, que se mobilizaram contra o texto.

    Alguns colunistas publicaram que o desfecho envolvendo a MP acelerou ataques de dentro do próprio governo a Haddad, com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizando o ministro ao apoiar a atitude do Senado.

    Para a autoridade da Fazenda, agora é tarefa do Congresso, que não quis negociar a MP, encontrar novas medidas compensatórias. A pasta ajudaria, porém, no assessoramento técnico para análise de eventuais medidas sugeridas pelo Congresso. (Com informações da Reuters).

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