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    Ibama deve responder Petrobras sobre perfuração na Margem Equatorial neste ano, diz diretora

    "Ainda este ano sai um posicionamento... É bastante razoável que saia a análise ainda este ano, até pela expectativa que se gerou", disse Cláudia Barros

    (Foto: Fernando Frazão/Ag.Brasil)

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    Reuters - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverá decidir até o fim deste ano sobre o pedido de reconsideração feito pela Petrobras para perfurar a Bacia da Foz do Rio Amazonas, afirmou nesta terça-feira a diretora de Licenciamento Ambiental do órgão, Cláudia Barros.

    "Ainda este ano sai um posicionamento... É bastante razoável que saia a análise ainda este ano, até pela expectativa que se gerou (sobre a Foz do Amazonas)", afirmou ela a jornalistas, durante evento da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

    O pedido de reconsideração foi feito pela Petrobras no ano passado, após o Ibama ter negado em maio de 2023 solicitação para a empresa perfurar a região, que tem grande potencial para exploração de petróleo, mas também enormes desafios socioambientais.

    A diretora pontuou ainda que uma greve no Ibama, encerrada na semana passada, afetou a análise sobre a demanda da Petrobras na Foz do Amazonas.

    Segundo ela, a avaliação já estaria concluída se não fosse a mobilização dos servidores.

    Barros acrescentou que, neste momento, os técnicos do Ibama estão avaliando informações repassadas pela Petrobras sobre o impacto de uma campanha exploratória da estatal sobre a fauna da região.

    A diretora do Ibama lembrou que, se o pedido for novamente negado, a Petrobras pode apresentar uma nova demanda ao órgão ambiental.

    A Petrobras tem apoio da indústria e de parte do governo para avançar com a exploração na região. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido o direito de o país conhecer as reservas na região.

    A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que tomou posse em maio passado, também é defensora da exploração da área situada na Margem Equatorial brasileira, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá.

    Uma reunião para tratar do tema entre Chambriard, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já foi realizada, segundo fontes conhecimento das tratativas.

    Uma região na Guiana, com geologia similar à da Foz do Amazonas, já está sendo explorada com sucesso por petroleiras internacionais. Isso tem sido usado como argumento pelos defensores da exploração na costa norte do país.

    A prolongada greve dos trabalhadores do Ibama continua impactando a produção de petróleo do Brasil, e a situação deve se normalizar em duas semanas, disse o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy, na semana passada.

    Segundo ele, a perda de produção estava em 120 mil barris por dia (bpd), ante 200 mil bpd calculados anteriormente.

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