Ibovespa fecha em alta, ajudado pelo avanço de commodities
Investidores encerraram o pregão na expectativa de dados de emprego dos EUA, que podem reforçar, ou não, as apostas sobre um primeiro corte de juros na maior economia do mundo
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa encerrou uma sequência de seis quedas e fechou em alta nesta quinta-feira, ajudado pelo avanço de commodities como o minério de ferro e o petróleo, o que beneficiou principalmente as ações de Vale e Petrobras, mas também pelo alívio na curva de DI, que apoiou papéis sensíveis à economia doméstica.
Investidores encerraram o pregão na expectativa de dados de emprego dos Estados Unidos na sexta-feira, que podem reforçar -- ou não -- as apostas sobre um primeiro corte de juros na maior economia do mundo neste ano. Números durante a semana sinalizam que o mercado de trabalho parece estar se reequilibrando.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,23%, a 122.898,8 pontos, após perder quase 2,5% em seis sessões. Na máxima do dia, chegou a 123.245,79 pontos. Na mínima, marcou 121.377,07 pontos.
O volume financeiro, porém, segue baixo, totalizando 18,82 bilhões de reais, de uma média diária no ano de 23,8 bilhões de reais.
Nesta quinta-feira, um dos destaques no noticiário foi a decisão do Banco Central Europeu, que reduziu os juros, mas sinalizou que o trabalho ainda não acabou pois a inflação deverá permanecer muito alta até o próximo ano.
A ação do BCE reforça ainda mais a atenção com a decisão do Federal Reserve no próximo dia 12, principalmente os sinais da autoridade monetária sobre seus próximos passos. Além do comunicado com a decisão e da coletiva de imprensa do chair do Fed, Jerome Powell, serão divulgadas projeções econômicas.
De acordo com o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, ainda há muitas dúvidas sobre os EUA.
"Há pouco tempo, havia preocupações sobre o risco de o Fed precisar aumentar os juros. Agora, após os últimos dados mais fracos de atividade, já há visões de que talvez precise cortar mais rápido...a verdade é que ninguém sabe como de fato o BC norte-americano irá reagir nos próximos meses", afirmou.
No Brasil, o Banco Central também esteve no radar, com discursos do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, que mesmo com discursos conservadores não atrapalharam o ajuste de baixa nas taxas futuras de juros na B3.
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