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    Ibovespa fecha em alta com ajuda de Fed e Moody's

    Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,95%, a 127.122,25 pontos, embalado pela melhora da perspectiva do rating brasileiro pela Moody's

    Ibovespa (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

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    Por Paula Arend Laier

    SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, reagindo à indicação do banco central dos Estados Unidos, na véspera, de que ainda está inclinado a eventuais reduções nos juros na maior economia do mundo, enquanto as ações de Bradesco e Weg figuraram entre as maiores quedas após resultados do primeiro trimestre.

    Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,95%, a 127.122,25 pontos, embalado ainda pela melhora da perspectiva do rating brasileiro pela Moody's. Na máxima do dia, chegou a 127.670,16 pontos. Na mínima, a 125.925,55 pontos.

    O volume financeiro no pregão somou 24,1 bilhões de reais.

    Na quarta-feira, quando não houve negociação na bolsa brasileira em razão de feriado no país, o Federal Reserve manteve as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50% e reforçou que o quadro de inflação está mais adverso, o que corrobora a visão de ser improvável que o Fed inicie o ciclo de cortes em junho.

    O chair do banco central norte-americano, Jerome Powell, contudo, enfatizou ser pouco provável que o próximo movimento na taxa de juros dos EUA seja de aumento, acrescentando que o foco do Fed tem sido manter sua atual postura restritiva.

    Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, não houve mudança no discurso recente do Fed, mas talvez o mercado tenha precificado um cenário muito ruim, com alguns contemplando até a chance de aumento de juros. "Foi mais um alívio."

    Na véspera, os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA fecharam a 4,591%, de 4,684% na terça-feira. Nesta sessão, marcavam 4,5852% no final do dia. Ainda em Wall Street, o S&P 500 encerrou o pregão em baixa na quarta, mas subiu 0,91% nesta sessão.

    As atenções agora se voltam aos dados do mercado de trabalho norte-americano previstos para sexta-feira, que devem mais uma vez ajudar a medir a saúde da economia dos EUA e a calibrar as apostas para os próximos movimentos do Fed.

    De acordo com Moran, a performance da bolsa paulista também refletiu a decisão da Moody's de reafirmou na quarta-feira a classificação de risco de crédito do Brasil em Ba2 e mudar a perspectiva do país de "estável" para "positiva".

    A agência disse que a melhora da perspectiva é sustentada pela avaliação de que "um crescimento mais robusto, combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir a estabilização do peso da dívida do Brasil".

    "Isso fez peso, com certeza", disse o chefe da EQI Research, acrescentando que, mesmo que exista algum questionamento sobre uma melhora fiscal, o PIB tem vindo melhor do que o esperado, e "um PIB melhor meio que tem o poder de meio que arrumar um pouco o fiscal".

    A B3 também divulgou nesta quinta-feira a terceira e última prévia do Ibovespa que irá vigorar de 6 de maio a 30 de agosto, confirmando a entrada das ações da Vivara e registrando a saída dos papéis da Casas Bahia. Assim, a próxima composição contará com 86 papéis de 83 empresas.

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