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    Investimento direto no Brasil sobe 6,2% nos primeiros cinco meses do ano, mas baixa entrada de recursos preocupa

    Nos últimos 12 meses, o acumulado de investimento direto no país é de US$ 66 bilhões

    Notas de reais (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - Apesar de registrar uma entrada de apenas US$ 3 bilhões em maio deste ano, o investimento direto no país (IDP) acumula alta em relação aos cinco primeiros meses do ano passado, indo de US$ 28,5 bilhões à época aos US$ 30,2 bilhões atuais, segundo dados do Banco Central publicados pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (24). A alta, portanto, é de 6,2%.

    Nos últimos 12 meses, o acumulado é de US$ 66 bilhões. Assim, o valor é superior ao déficit em conta corrente. Enquanto o IDP equivale a 2,95% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o déficit, de US$ 40,1 bilhões, equivale a 1,79% do PIB, nos últimos 12 meses. O Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 3,4 bilhões em maio, ante um superávit de US$ 1,1 bilhão no mesmo mês do ano passado.

    O quadro indica que o baixo déficit externo do país é financiado pelo ingresso de capitais estrangeiros. No entanto, a tendência de queda nos investimentos externos vem preocupando as autoridades. Os IDP totalizaram US$ 62 bilhões de janeiro a dezembro de 2023 --uma queda de US$ 12,6 bilhões em relação ao ano de 2022.

    Um dos fatores que pode ter levado à queda é a desvalorização do real em relação ao dólar, aumentando o custo de investimentos em moeda local. Taxas de juros elevadas e a percepção de risco país também aumentam o custo do capital. 

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