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Margem Equatorial: Alexandre Silveira diz que "Guiana chupa de canudinho" as riquezas do Brasil

Enquanto o país vizinho explora o petróleo da região, a Petrobras vem sendo bloqueada por restrições ambientais

Alexandre Silveira (Foto: Reuters/Callaghan O'Hare)

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247 – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, manifestou nesta segunda-feira sua insatisfação com a classificação da margem equatorial como “Foz do Amazonas”, após o Ibama negar, há um ano, a licença ambiental para a exploração de um bloco de petróleo da Petrobras na região. O Ibama alegou a falta de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) como justificativa para a negativa.

"A margem equatorial não é Foz do Amazonas, está a 500 quilômetros de distância. Enquanto discutimos a fase de pesquisa, nossos vizinhos da Guiana estão aproveitando as riquezas do Brasil, explorando petróleo próximo à divisa", disse o ministro durante uma entrevista sobre Transição Energética no G20, em Belo Horizonte, segundo reportagem do Estado de S. Paulo. "A Guiana está chupando de canudinho as riquezas do Brasil", acrescentou.

A margem equatorial se estende por mais de 2,2 mil quilômetros. A Petrobras destaca descobertas recentes de petróleo na costa da Guiana, Guiana Francesa e Suriname como evidência do potencial exploratório da região. No entanto, o Ibama considera a Bacia da Foz do Amazonas uma área de alta sensibilidade socioambiental.

"Respeito profundamente a ministra Marina Silva e sua contribuição ao Brasil, mas discordo de qualquer postura dogmática, algo que, embora não se aplique a ela, é comum em muitos que rejeitam o diálogo aberto", afirmou Silveira.

Controle Governamental sobre a Petrobras

Silveira reiterou o papel central do governo federal nas decisões da Petrobras, contrastando com a situação da Vale, onde o governo não detém o controle. Para ele, a Petrobras, sendo controlada pelo governo, permite uma influência mais direta nas políticas da empresa.

"A Vale é uma empresa onde o governo não é controlador, mas ainda formamos políticas e regulamos o setor mineral. No caso da Petrobras, temos um controle maior e não devemos nos envergonhar disso", declarou o ministro.

Sobre a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, nomeada na última sexta-feira, Silveira expressou confiança em sua capacidade de liderar a empresa de forma a manter a credibilidade junto aos investidores.

"Ela está familiarizada com a agenda da empresa e atuará para garantir uma gestão que inspire confiança nos investidores", concluiu.

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