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    Mercado já projeta manutenção dos juros em 10,5% ao ano até o fim de 2024

    Nada deve mudar enquanto Roberto Campos Neto, que tem sabotado o governo Lula, seguir à frente do Banco Central

    Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Adriano Machado/Reuters)

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    SÃO PAULO (Reuters) – O mercado passou a ver estabilidade da taxa básica de juros Selic na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), permanecendo em 10,50% até o final do ano, ao mesmo em que elevou as projeções para a inflação e para o dólar, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

    O Copom se reúne na terça e quarta-feiras para decidir sobre a política monetária e agora a percepção é de que irá pausar o afrouxamento monetário, em meio ao aumento da volatilidade nos mercados financeiros domésticos, expectativas de inflação desancoradas e temores fiscais.

    Os analistas consultados pelo BC também elevaram a perspectiva para a taxa de juros ao final de 2025, vendo agora a Selic a 9,50%, de 9,25% antes.

    O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que ainda que a expectativa para a alta do IPCA em 2024 subiu pela sexta vez seguida, chegando a 3,96%, de 3,90% na semana anterior. Também aumentou a conta para a inflação em 2025, a 3,80%, de 3,78%. Para os dois anos seguintes as projeções seguem em 3,60% em 2026 e 3,50% em 2027.

    O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

    Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano caiu em 0,01 ponto percentual, a 2,08%, e permaneceu em 2,0% para 2025.

    A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda elevação nas projeções para o dólar depois de uma semana agitada no mercado de câmbio, com a moeda norte-americana agora calculada em 5,13 e 5,10 reais este ano e no próximo, contra 5,05 e 5,09 reais na semana anterior.

    Na semana passada o dólar subiu 1,06%, fechando a sexta-feira a 5,3812 reais, em uma semana de desconfiança em relação ao governo Lula e de pressão para os ativos brasileiros.

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