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    Mercado vai ficar surpreso de novo com o desempenho da economia, diz Mercadante

    Presidente do BNDES também defendeu que o Banco Central corte a taxa básica de juros para níveis mais competitivos

    Aloizio Mercadante (Foto: Divulgação)

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    247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira (18) que o mercado financeiro ficará "surpreso" novamente com o desempenho positivo da economia brasileira. 

    “O PIB cresceu ano passado 2,9%. E aí o mercado disse que se surpreendeu. Se surpreendeu que a inflação caiu. Se surpreendeu com a taxa de emprego. Se surpreendeu com o mercado de trabalho. Então, eu acho que vai ficar surpreso de novo, porque os dados são muito fortes, muito consistentes”, disse Mercadante durante conversa com jornalistas, após a realização do seminário “Reconstrução de cidades e mudança climática: experiências internacionais e nacionais para o RS e o Brasil”, na sede do banco, no Rio de Janeiro. 

    “Nós estamos com a menor taxa de desemprego nos últimos 10 anos. A população ocupada é a maior da história do índice de pessoas que estão ocupadas trabalhando. A massa salarial real, o poder de compra do salário, é o melhor da história econômica do Brasil. E a renda da população cresceu 6,1% nos últimos 12 meses. Então, você tem uma economia, o mercado de trabalho, o mercado consumidor voltando, voltando com força”, acrescentou. 

    Taxa de juros – Questionado sobre a expectativa para a próxima reunião do Copom, o presidente do BNDES afirmou que não faz projeções, mas ponderou que é preciso haver uma mudança do atual modelo de juros. 

    “Vamos aguardar a decisão e nós vamos continuar trabalhando para ter juros baixos, para a gente poder ganhar competitividade, que é o último fator que nós precisamos. Porque, com todas as melhoras macroeconômicas, nós temos a segunda taxa de juros real maior do planeta”, avaliou.

    “Eu acho que nós não temos margem de manobra no curto prazo, no curtíssimo prazo, para alterar essa condição de ter a segunda maior taxa de juros real do planeta, mas não pode continuar assim. Então tem que se debruçar sobre esse tema e repensar o caminho da relação antipolítica monetária fiscal e o Brasil ter juros que sejam compatíveis com as taxas de juros internacionais, principalmente com os indicadores que nós estamos apresentando, que são muito fortes”, afirmou.

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