Lula diz que juros são proibitivos no Brasil e que o presidente do BC 'tem lado político e trabalha para atrapalhar o país'
"Presidente do BC, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha mais para prejudicar o país do que para ajudar", disse
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o patamar elevado da taxa básica de juros (Selic) que, segundo ele, é proibitiva para o setor produtivo e que o Banco Central (BC) deve trabalhar para ajudar o Brasil, não para atrapalhar. Segundo ele, o comportamento da autarquia é a única "coisa desajustada" no Brasil no momento.
“O Brasil não pode continuar com uma taxa de juros proibitiva de investimento no setor produtivo? Como é que você vai convencer o empregado de fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa de juros a pessoa? Então é preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. A inflação está totalmente controlada”, disse Lula nesta terça-feira (18) em entrevista à CBN.
“Agora fica se inventando o discurso de inflação do futuro, o que vai acontecer. Vamos trabalhar em cima do real. Realmente o Brasil está vivendo um bom momento. A economia está andando, os investimentos estão crescendo, o salário está crescendo, a inflação está caindo, ou seja, o que mais nós queremos? O que mais nós queremos é atrair mais investimentos para o Brasil e que o Banco Central se comporte, sabe, na perspectiva de ajudar esse país e não de atrapalhar o crescimento”, destacou o presidente.
Lula também criticou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que, em sua visão, trabalha para prejudicar o país, argumentando que o comportamento da autarquia é a única "coisa desajustada" no Brasil no momento. "O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país",
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) anunciará sua decisão sobre a taxa Selic, com o mercado apostando no patamar de juros de 10,50% ao ano, encerrando um ciclo de sete cortes consecutivos.
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