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"Não me venham querer que se faça ajuste em cima do povo pobre deste país", diz Lula

“São os ricos que se apoderaram de uma parte do orçamento do país e eles se queixam do que você está gastando com o povo pobre”, disse o presidente

Presidente Lula em entrevista à CBN (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista à Rádio CBN na manhã desta terça-feira (18) e falou sobre a cobrança que sofre do mercado e da imprensa para reduzir os gastos do governo. Ele afirmou que as pessoas que pedem pelo “equilíbrio fiscal” não querem abrir mão dos próprios benefícios e defendem que os ajustes sejam feitos nas políticas que beneficiam os mais pobres.

“As pessoas que falam que é preciso parar de gastar são as que que tem R$ 546 bi de isenção, de desoneração da folha de pagamentos. São os ricos que se empoderam de uma parte do orçamento do país e eles se queixam do que você está gastando com o povo pobre. Não me venham querer que se faça ajuste em cima do povo pobre deste país. Estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com a Câmara, com o Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo humilde, trabalhador, o que mais precisa do estado, não seja prejudicado”, afirmou.

Sobre a desoneração dos 17 setores da economia, o presidente afirmou que é preciso haver uma contrapartida dos empresários para garantir a estabilidade e aumento na qualidade de vida dos trabalhadores. “Qual é a contrapartida que esses setores dão para o trabalhador? Qual é a estabilidade no emprego que eles garantem? Qual é o aumento de salário que eles garantem? Nenhuma. Apenas pegam a isenção fiscal, sem nenhum compromisso com o povo trabalhador, para aumentar o lucro”, disse.

Lula também afirmou que é preciso fazer ajustes em diferentes áreas para comportar os gastos com a previdência, que vão aumentar nos próximos anos. “Temos quase 1 trilhão de reais com a previdência social. é muito. agora se tem muita gente em idade de se aposentar, vai sempre aumentar. agora o que é muito é você ter quase R$600 bi de isenção, quase R$600 bi de desoneração, É preciso consertar e a gente vai consertar dos dois lados”, enfatizou.

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