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    "Muita gente ganha com a volatilidade do mercado", diz Haddad

    Ministro afirma que muitas das instabilidades são fabricadas de forma artificial

    (Foto: Diego Zacarias MF)

    247 – Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a trajetória fiscal do governo e a volatilidade do mercado. Segundo Haddad, os ruídos sobre a trajetória fiscal se agravaram recentemente devido a especulações infundadas e patrocinadas por interesses não identificados.

    Haddad afirmou que "muita gente ganha com a volatilidade do mercado" e destacou a importância de uma comunicação eficaz para mitigar os efeitos dessa volatilidade, que, segundo ele, prejudica o pequeno poupador. Ele também mencionou a ansiedade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em responder aos anseios sociais, mas garantiu que isso não impediu a aceitação do novo arcabouço fiscal.

    Sobre o plano de ajuste fiscal do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Haddad disse que "80% do conteúdo do plano se inspira em medidas já adotadas pelo governo federal". Ele criticou a falta de diálogo entre a Fazenda e o Banco Central, observando que "o BC conversa muito mais com o mercado financeiro do que com a Fazenda".

    Haddad negou que o governo esteja cogitando alterar a meta de inflação e defendeu a continuidade da política de metas de inflação. Ele explicou que a meta de inflação de 3% é exigente para o histórico do Brasil, mas afirmou: "Estamos comprometidos com a convergência para essa meta".

    O ministro também abordou sua relação com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmando que não há problemas reais e que as indicações de novos diretores foram bem recebidas pelo mercado. "Há nove pessoas que vão decidir a política monetária e que vão fazer isso depois de interagir não apenas com a Fazenda", disse Haddad, enfatizando a necessidade de uma comunicação equilibrada com diferentes setores.

    Haddad mencionou ainda sua viagem para uma conferência em Roma, onde pretende discutir a taxação dos super-ricos e buscar uma audiência com o papa Francisco antes de retornar ao Brasil no dia 5 de junho.

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