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"Tributar os super-ricos é ao mesmo tempo uma emergência e uma necessidade para os Estados", diz Haddad

"É certamente uma ideia muito sensível e que só poderá ter sucesso a longo prazo. Mas seria um avanço extraordinário a nível global", disse o ministro da Fazenda ao jornal Le Monde

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a taxação dos “super-ricos” e afirmou que essa é uma questão urgente e necessária para os países em todo o mundo. "Nossa ambição é conseguir tributar a riqueza com base no patrimônio. No entanto, continuamos cautelosos quanto ao mecanismo adequado a adotar e aos detalhes de tal medida, que ainda está em discussão no G20”, disse Haddad em entrevista ao jornal francês Le Monde. Ainda segundo ele, “tributar os super-ricos é ao mesmo tempo uma emergência e uma necessidade para os Estados”. 

De acordo com Haddad, a taxação dos super-ricos atingiria aproximadamente 3 mil indivíduos no planeta, cujas fortunas somam cerca de US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 77,9 bilhões) e que atualmente pagam impostos muito baixos. Ainda conforme o ministro, o valor arrecadado com taxação seria destinado a um fundo internacional para mitigar problemas globais, como a crise climática ou a pobreza. “É certamente uma ideia muito sensível e que só poderá ter sucesso a longo prazo. Mas seria um avanço extraordinário a nível global”, ressaltou.

O debate sobre a taxação dos super-ricos está programado para ser um dos tópicos principais durante a 19ª reunião da cúpula do G20, que será realizada em junho no Brasil.

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