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"Não existe desenvolvimento sem uma indústria forte", diz Uallace Moreira

Em entrevista à TV 247, o Secretário Nacional de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, discute os avanços da política industrial do governo Lula

Uallace Moreira Lima diz que crescimento promovido pelo governo Lula está vinculado a dinâmica industrial (Foto: Agência GOV )

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247 – Em uma entrevista conduzida pelo jornalista Aquiles Lins, no novo programa "Desenvolvendo o Brasil", transmitido pela TV 247, Uallace Moreira, Secretário Nacional de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviço do Ministério do Desenvolvimento, compartilhou sua visão sobre o futuro da política industrial brasileira. A entrevista, que marca a estreia do programa voltado para temas como investimentos, inovação e sustentabilidade, trouxe à tona detalhes sobre as políticas implementadas pelo governo do presidente Lula e o impacto positivo que já começa a ser percebido na economia.

Logo de início, Moreira destacou o crescimento de 1,8% da indústria no segundo trimestre de 2024, um desempenho superior às expectativas do mercado. Segundo ele, esse resultado não é um fenômeno sazonal, mas sim reflexo direto das políticas industriais promovidas pelo governo federal. "Há uma falta de boa vontade em reconhecer que o governo do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin tem trabalhado muito. Não é sorte, é fruto de políticas públicas concretas que estão gerando esse crescimento econômico", afirmou o secretário.

Um dos pontos altos da entrevista foi a explicação detalhada sobre o programa Nova Indústria Brasil, lançado em janeiro de 2024. Dividido em seis missões estratégicas, o plano abrange desde cadeias agroindustriais até tecnologias de interesse para a soberania nacional, passando por áreas como infraestrutura, saúde, transformação digital e transição energética. "O programa é parte de uma estratégia maior, que inclui o novo PAC e o plano de transformação ecológica, ambos fundamentais para sustentar o crescimento da economia e da indústria", explicou Moreira.

Investimentos e protagonismo privado

Entre as ações concretas já implementadas, o secretário mencionou o plano de mobilidade verde, que impulsiona a descarbonização da indústria automotiva e atrai investimentos robustos. "O setor automotivo, por exemplo, respondeu ao programa com um investimento de R$ 130 bilhões até 2030", revelou. Outro destaque foi o papel das políticas de incentivo ao setor de aço, que, segundo Moreira, geraram R$ 100 bilhões em novos investimentos.

O papel dos bancos públicos na promoção do desenvolvimento econômico também foi amplamente discutido. "Os bancos públicos são essenciais para promover o crescimento em momentos de crise, atuando de forma anticíclica", afirmou Moreira, lembrando a importância dessas instituições durante a superação da crise de 2009 e seu papel na atual política industrial.

Desafios para o futuro

Ao abordar os desafios de longo prazo, o secretário destacou o setor de semicondutores, cujos investimentos têm um prazo de maturação de até 25 anos. "Precisamos de políticas de estado, e não de governo, para garantir a continuidade dos investimentos em setores estratégicos como este", disse ele, ressaltando a importância da estabilidade das políticas industriais, independentemente de mudanças políticas.

Moreira também enfatizou a necessidade de formar e reter mão de obra qualificada. "Estamos enfrentando o desafio de formar técnicos e especialistas para atender a demanda da nova indústria, e também de evitar a fuga de cérebros para outros países", apontou. Para isso, a colaboração entre o governo e instituições de ensino tem sido fundamental.

A entrevista de Uallace Moreira à TV 247 trouxe uma visão abrangente sobre a estratégia industrial do governo Lula. Com um olhar focado no crescimento sustentável, inovação e inclusão social, o secretário destacou as conquistas já alcançadas e os desafios que ainda precisam ser superados para garantir que a indústria brasileira retome seu protagonismo no cenário global.

As políticas de incentivo, os investimentos privados e o papel dos bancos públicos formam a espinha dorsal desse esforço, que promete transformar o Brasil em um polo de inovação e desenvolvimento industrial nas próximas décadas. Como frisou Moreira: "Não existe desenvolvimento econômico sem indústria, e ela é o vetor para a inclusão social e a inovação tecnológica que o país tanto precisa". Assista:

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