Negacionismo climático de Trump nos EUA pode tornar o Brasil ainda mais atrativo para investimentos estrangeiros
Com matriz energética limpa e foco na transição energética, Brasil atrai atenção de investidores comprometidos com a sustentabilidade
247 - Na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, um discurso polêmico marcou as diretrizes econômicas e energéticas de sua nova administração. Conforme destacado por Danilo Moliterno, da CNN Brasil, Trump deixou claro que os Estados Unidos abandonariam os incentivos às energias renováveis para intensificar a exploração de combustíveis fósseis. A política de "perfurar, perfurar e perfurar" representa uma guinada às fontes poluentes, contrariando o consenso global sobre a necessidade de uma transição energética sustentável.
Embora essa postura tenha implicações preocupantes para o meio ambiente, setores do mercado financeiro e da economia brasileira veem no negacionismo climático de Trump uma oportunidade para o Brasil. Analistas apontam que muitos investidores globais, guiados por compromissos ESG (ambientais, sociais e de governança), podem buscar novos mercados que estejam alinhados às diretrizes de sustentabilidade, e o Brasil surge como uma alternativa atraente nesse cenário.
Com uma matriz energética composta por 85% de fontes limpas – em contraste com a média global de apenas 35% –, o Brasil oferece um diferencial estratégico para investidores comprometidos com a sustentabilidade. Além disso, o país possui vastos recursos naturais e um governo que tem apoiado ativamente a agenda de transição energética, reforçando seu posicionamento como destino para capital verde.
Outro fator que impulsiona a atratividade do Brasil é a desvalorização do real frente ao dólar, o que torna o país um destino financeiramente vantajoso para investimentos estrangeiros. Empresas que desejam manter seus compromissos ambientais e sociais encontram no Brasil um ambiente propício para expandir suas operações, especialmente em setores como energia renovável, agricultura sustentável e preservação ambiental.
A aposta dos Estados Unidos nos combustíveis fósseis pode desviar investidores que não estão dispostos a comprometer seus valores ESG, realocando recursos para economias mais alinhadas às metas climáticas globais. Nesse sentido, o Brasil está bem posicionado para captar parte desses investimentos, oferecendo um equilíbrio entre sustentabilidade e retorno financeiro.
O movimento de Trump, embora retroceda em termos ambientais globais, pode ser um catalisador para consolidar o Brasil como líder em sustentabilidade e como um dos destinos mais promissores para investimentos internacionais focados em práticas ESG. A combinação de recursos naturais, matriz energética limpa e incentivos governamentais coloca o país em posição de destaque em um cenário mundial cada vez mais exigente com a responsabilidade ambiental.
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