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OCDE eleva previsão de crescimento do Brasil de 1,9% para 2,9%

"O Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, aponta o relatório da OCDE

Brasil e OCDE (Foto: Neila Rocha/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações)

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247 - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 e 2025. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o relatório Perspectiva Econômica de setembro aponta que a economia brasileira deve registrar uma expansão de 2,9% no próximo ano, ante a previsão anterior de 1,9%. Para 2025, a expectativa de crescimento subiu de 2,1% para 2,6%. A entidade atribui esse aumento ao forte desempenho econômico observado no primeiro semestre de 2024, impulsionado, principalmente, por maiores gastos fiscais.

“A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, destaca o relatório da OCDE.

No entanto, a entidade também alerta para o aumento do risco da inflação no país. A previsão para 2024 subiu de 4% para 4,4%, e para 2025, de 3,3% para 4%. O relatório destaca que o índice de preços ao consumidor no Brasil e no México tem subido em parte devido à desvalorização cambial. "O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado", indica a OCDE, embora ressalte que o país deverá continuar dentro da banda de metas do Banco Central.

A desvalorização cambial, que também afeta Argentina, Turquia e México, tem contribuído para o aumento das receitas de exportação, mas ao mesmo tempo eleva os custos da dívida em dólar. Adicionalmente, a OCDE aponta que as taxas de juros reais de longo prazo permanecem elevadas, tanto no Brasil quanto em outras economias avançadas, como Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido.

A entidade também revisou para cima as projeções de crescimento da economia global, com estimativa de expansão de 3,2% para 2024. Apesar de um cenário de crescimento positivo, o relatório destaca que ainda há desafios significativos, como tensões geopolíticas e comerciais que podem impactar o investimento e aumentar os preços de importações.

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