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    Petrobras deve ser a "mola propulsora do desenvolvimento nacional", diz ministro de Minas e Energia

    Com Magda Chambriard no comando, a empresa continuará sendo "extremamente lucrativa", mas precisa também atender "o lado previsto na Constituição", diz Alexandre Silveira

    Petrobrás e Alexandre Silveira (Foto: ABr)

    247 - Sob a gestão de Magda Chambriard, a Petrobras enfrenta o desafio de cumprir seu plano de investimentos sem surpresas para os investidores, ao mesmo tempo que busca impulsionar a economia brasileira através de iniciativas estratégicas, avaliou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), durante evento realizado no Rio de Janeiro, relata a Reuters.

    Na última semana, a mudança no comando da Petrobras gerou apreensão entre investidores. No entanto, Silveira assegurou que Chambriard manterá o plano de investimentos atual, estimado em mais de US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos, "sem nenhuma surpresa para o investidor". Ele enfatizou que a Petrobras continuará sendo uma empresa "extremamente lucrativa e responsável com seus investimentos".

    O ministro destacou que além de ser lucrativa, a Petrobras precisa "fazer o outro lado previsto na Constituição e na Lei das Estatais, que é servir também como mola propulsora do desenvolvimento nacional".

    Nesse sentido, Silveira apontou para a necessidade de ampliar a oferta de gás a custos mais baixos, um passo crucial para revitalizar a indústria química nacional que opera com 30% de ociosidade. "É inadmissível que tenhamos o gás saindo do gasoduto a mais de 10 dólares e chegando ao consumidor final a mais de 14 dólares", disse Silveira. Ele sublinhou a urgência de investimentos em gás, fertilizantes e segurança alimentar e energética, mencionando a dependência brasileira de fertilizantes importados, especialmente da Rússia, exacerbada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

    Chambriard chega com o desafio de aprofundar projetos em fertilizantes e gás, previstos no plano estratégico da Petrobras. "Magda chega com muito gás, muita energia e com a força da mulher brasileira para fazer o Brasil crescer e nos orgulhar, combater as desigualdades...", declarou o ministro.

    Respondendo às críticas de intervenção no processo de mudança de comando, Silveira defendeu a natureza de economia mista da Petrobras. "A palavra intervenção é completamente inadequada", afirmou, explicando que a empresa, apesar de ter capital aberto e ser listada em Nova York, é controlada pelo governo brasileiro.

    Sobre a exploração da Margem Equatorial, Silveira e Chambriard compartilham a visão de explorar as potencialidades energéticas do Brasil, comparando a situação com a Guiana, que já está em fase de exploração. A Petrobras aguarda autorização do Ibama para iniciar a exploração, um processo que enfrenta barreiras devido a preocupações ambientais e indígenas.

    Anteriormente, em entrevista à GloboNews, Silveira mencionou que a nomeação de Chambriard está sendo avaliada pela governança interna da Petrobras, e espera-se que o conselho de administração aprove sua nomeação em breve. "O que depender do presidente Lula, do conselho de administração, do ministro de Minas e Energia do Brasil, é sem barulho, com serenidade, cumprir aquilo que foi estabelecido, o plano de investimento", concluiu Silveira.

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