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    'Pleno emprego é uma ameaça à missão de Campos Neto de sabotar o Brasil', dispara Gleisi

    “Depois de incentivar a especulação por causa da revisão da meta fiscal, agora ele reclama que o desemprego ficou menor do que o mercado gostaria”, pontuou a presidente do PT

    Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)

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    247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para criticar as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre ser uma "grande surpresa" a indicação de pleno emprego no Brasil e que isso poderá resultar no aumento da inflação.

    "Lá vem o bolsonarista Campos Neto ameaçando o país de novo com sua grande obra: a maior taxa de juros do planeta. Depois de incentivar a especulação por causa da revisão da meta fiscal, agora ele reclama que o desemprego ficou menor do que o mercado gostaria. Para o presidente do BC, a perspectiva de pleno emprego é uma ameaça à sua missão de sabotar o crescimento do Brasil. É escandaloso que isto tenha sido notícia justamente no Dia do Trabalhador", postou Gleisi no X, antigo Twitter. 

    A afirmação de Campos Netto foi dada à CNN Brasil. "O BC adora quando temos um regime de emprego pleno, quando todo mundo que está procurando trabalho encontra, que é nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa", disse o presidente do Banco Central na entrevista exibida na quarta-feira (1). “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar, e você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí”, completou. 

    Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 ficou em 7,9% - menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014 -, representando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o indicador estava em 7,4%. 

    Nesta quinta-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá se reunir com Campos, no gabinete do ministério em São Paulo, para discutir as tendências econômicas do Brasil. 

     

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