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    Rotas de integração sul-americana avançam com 190 obras de infraestrutura

    Relatório 2024 destaca os impactos do megaprojeto no comércio e no desenvolvimento regional da América do Sul

    Simone Tebet apresenta as Rotas da Integracão (Foto: Ricardo Stuckert)

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    247 – O Governo Federal, por meio do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), divulgou nesta segunda-feira, 25 de novembro, o Relatório 2024 do projeto Rotas de Integração Sul-Americana. O documento, que detalha o andamento de 190 obras nos 11 estados fronteiriços do Brasil, faz parte do Novo PAC e reflete o compromisso com a ampliação da integração regional. As informações foram apresentadas em publicação da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

    De acordo com a ministra Simone Tebet, que assina a introdução do relatório, as obras, que incluem rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, infovias, hidrovias e linhas de transmissão elétrica, têm papel estratégico. "Juntos, esses caminhos permitirão avanços sociais inestimáveis à população brasileira e aos povos vizinhos de nossos continentes", afirmou a ministra. O projeto visa não apenas fortalecer o comércio intra-regional, mas também reduzir custos e tempo de transporte com mercados da Ásia.

    Cinco rotas estratégicas conectam o continente

    O plano é estruturado em cinco rotas principais, que interligam diferentes estados brasileiros a países vizinhos:

    • Rota 1: Ilha das Guianas (Roraima, Amazonas, Pará e Amapá — Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela)
    • Rota 2: Amazônica (Amazonas — Colômbia, Peru e Equador)
    • Rota 3: Quadrante Rondon (Acre, Rondônia e Mato Grosso — Peru, Bolívia e Chile)
    • Rota 4: Bioceânica de Capricórnio (Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina — Paraguai, Argentina e Chile)
    • Rota 5: Bioceânica do Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul — Uruguai, Argentina e Chile)

    Essas rotas somam investimentos de R$ 4,5 bilhões previstos na Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, contemplando tanto projetos em andamento quanto novas iniciativas.

    Regulação e continuidade como pilares

    O relatório também apresenta um mapeamento da atuação regulatória do Estado nas fronteiras. O detalhamento inclui a atuação da Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Anvisa e Vigiagro, entre outros órgãos. "Nosso trabalho também contempla o olhar estrutural que a integração exige, alinhando regulação, comércio exterior, diplomacia, ciência e meio ambiente", destacou Tebet.

    Além disso, o documento reforça o papel dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMDs), como o BID, o CAF e o FONPLATA, na garantia da continuidade dos projetos de integração, mesmo em ciclos políticos distintos. “O apoio dessas instituições traz estabilidade, assegurando que iniciativas estratégicas ultrapassem os mandatos políticos locais”, explicou João Villaverde, secretário de Articulação Institucional do MPO.

    Impactos no comércio e na economia regional

    Com 16.886 quilômetros de fronteira terrestre, envolvendo nove países da América do Sul e o Departamento da Guiana Francesa, o Brasil movimenta uma parcela significativa de seu comércio na região. Em 2023, as exportações para os vizinhos sul-americanos totalizaram quase US$ 43 bilhões, com destaque para o transporte rodoviário, responsável por 46,5% das operações.

    O relatório também aponta que, além de integrar a América do Sul, o projeto contribui para o fortalecimento de cadeias produtivas locais, geração de empregos e redução das desigualdades regionais.

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