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    Selic pode chegar a 12,25% na última reunião do ano do Copom

    Reunião deste mês marca a despedida de Roberto Campos Neto

    Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento ReutersNEXT Newsmaker, em Nova York 09/11/2023 REUTERS/Brendan McDermid (Foto: REUTERS/Brendan McDermid)

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    247 – A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sob o comando de Roberto Campos Neto, que divulgará sua decisão nesta quarta-feira (11), às 18h30, promete trazer um debate acirrado sobre o ritmo do aperto monetário. Embora a maioria das projeções, conforme o Boletim Focus, indique uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, análises da XP Investimentos e do Goldman Sachs sugerem um movimento mais agressivo, com aumento de 1 ponto percentual.

    Segundo informações publicadas originalmente pelo Infomoney, a XP já vinha defendendo a necessidade de um ajuste mais intenso, diante da deterioração das expectativas inflacionárias desde a última reunião do Copom. Essa visão ganhou força após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apontou maior pressão sobre itens como serviços e alimentos. “A conjuntura parece suficientemente aguda para que o Copom opte por um movimento mais intenso, pelo menos em dezembro. A nosso ver, a elevação da taxa Selic em 1,00 p.p. contribuiria para estabilizar os preços dos ativos financeiros – especialmente a taxa de câmbio – e reforçar inequivocamente o compromisso do Copom com inflação baixa”, afirmou a equipe de economia da XP.

    Pressões fiscais e mensagem ao mercado

    Os analistas da XP destacaram também a relevância de o Banco Central manter o alerta sobre o quadro fiscal no comunicado que acompanhará a decisão. A mensagem, na visão da equipe, deveria reforçar a necessidade de políticas fiscais críveis e de maior compromisso com as medidas apresentadas recentemente. “O ritmo de elevação de juros já seria suficientemente elevado. Isso evita especulações acerca de movimentos ainda mais intensos em janeiro”, sugerem.

    Por sua vez, o Goldman Sachs destacou fatores como o crescimento econômico acima da tendência, o mercado de trabalho aquecido e a intensificação das pressões de preços sobre serviços como justificativas para a alta de 1 ponto percentual. “Embora ainda avaliemos uma probabilidade razoável (40%) de que o banco central acelere para ‘apenas 75 pontos base’, dada a precificação atual do mercado, isso provavelmente seria percebido como uma escolha dovish e uma oportunidade perdida de se antecipar”, explicou o relatório da instituição.

    Decisão será crucial para sinalizar compromissos

    A decisão desta quarta-feira será vista como um importante termômetro para medir o compromisso do Banco Central com a estabilização econômica e a contenção das expectativas inflacionárias. Tanto XP quanto Goldman Sachs convergem na avaliação de que uma alta de 1 ponto percentual não apenas reforçaria a credibilidade do Copom, mas também endereçaria preocupações relacionadas à volatilidade do mercado de câmbio.

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