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    Semana é marcada por reunião do Copom e possível alta na taxa de juros

    Com decisões sobre juros no Brasil e nos EUA, inflação e dados econômicos globais, investidores acompanham uma semana decisiva

    Sede do Banco Central, em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 – A semana que se inicia traz movimentações relevantes para os mercados, com foco nas reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além de indicadores econômicos essenciais. Entre os destaques, está a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, a ser anunciada na quarta-feira (6/11). No início da semana, o Relatório Focus consolidará as projeções de inflação, PIB e juros, oferecendo uma perspectiva do mercado para a economia nacional antes do encontro do Copom.

    Segundo reportagem do Infomoney, a equipe econômica da XP sugere que o cenário de inflação pode levar o Copom a aumentar a taxa de juros em 0,50 ponto percentual, o que representaria uma elevação mais agressiva. Segundo os analistas, "o fluxo de dados recentes é preocupante e justifica um ajuste mais expressivo para conter a inflação". O Itaú reforça essa perspectiva, acreditando que o comitê manterá "um balanço de riscos assimétrico para cima", sinalizando que o combate à inflação permanece como prioridade.

    Nos Estados Unidos, a reunião do Federal Reserve (Fed) na quinta-feira (7/11) também promete influenciar os mercados globais. Com apostas de um ajuste de 0,25 ponto percentual, o banco central americano deve seguir elevando gradualmente os juros para combater as pressões inflacionárias. Na sexta-feira (8/11), o Índice de Confiança da Universidade de Michigan dará uma prévia sobre o humor dos consumidores americanos, fator crucial para avaliar o futuro do consumo e o estado da economia dos EUA.

    Além da política monetária, a agenda brasileira será marcada pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro na sexta-feira. Segundo projeções do Itaú, a inflação mensal pode fechar em 0,59%, impulsionada pelo aumento de preços em serviços e alimentos, como proteínas. Esse índice deve elevar a inflação acumulada em 12 meses para 4,8%, ante 4,4% no mês anterior.

    A B3 (B3SA3) também trará novidades, estendendo o horário de negociação do mercado à vista e fracionário para as 17h55, a partir de segunda-feira (4/11). A mudança ocorre em sincronia com o horário de verão dos EUA, com o objetivo de manter o alinhamento de operação com os mercados internacionais.

    Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará a Pesquisa Industrial Mensal – Regional, oferecendo um panorama do desempenho da indústria nos estados. O Tesouro Nacional também divulgará o resultado primário do Governo Central para setembro, essencial para avaliar a saúde das contas públicas.

    No cenário internacional, a Europa trará dados relevantes, incluindo o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Zona do Euro e a decisão de juros do Banco da Inglaterra, no contexto de incertezas econômicas. Na Ásia, a China divulgará indicadores da balança comercial e índices de preços ao produtor e consumidor de outubro, oferecendo uma visão da recuperação econômica e do impacto do comércio global.

    Com eventos econômicos e monetários de peso, a semana promete um ambiente de atenção máxima para investidores, que devem acompanhar os desdobramentos nos principais mercados mundiais.

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