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Senado deve deixar para depois das eleições a sabatina do indicado de Lula à presidência do Banco Central

Governo quer que a sabatina ocorra antes da próxima reunião do Copom, em meados de setembro. Senadores dizem que não há clima político

Gabriel Galípolo (à esq.) e Fernando Haddad (Foto: ABR)

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247 - A provável indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central pelo presidente Lula (PT) ainda enfrenta o obstáculo da data da sabatina no Senado Federal, relata Igor Gadelha, do Metrópoles. Apesar dos esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para acelerar o processo e garantir que a sabatina ocorra no início de setembro, lideranças do Senado demonstram que o clima político não é favorável.

Senadores influentes, incluindo alguns da base aliada, sugerem que o governo federal precisa fortalecer sua relação com o Congresso antes de avançar com a sabatina. Muitos parlamentares acreditam que o melhor seria adiar o processo para depois das eleições municipais, em outubro, o que tem gerado frustração dentro do governo.

Nos bastidores, o governo Lula tenta articular a realização da sabatina antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 17 e 18 de setembro. A estratégia seria aproveitar a semana de esforço concentrado no Senado, prevista para a primeira semana de setembro, quando os senadores estarão em Brasília. No entanto, a reação dentro da Casa tem sido de ceticismo.

Entre as principais preocupações dos senadores estão a indefinição sobre o futuro das emendas parlamentares e os conflitos em torno do projeto que visa anular partes do decreto sobre armas proposto pelo governo. Essas questões têm dificultado a criação de um ambiente propício para a sabatina.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, senador Vanderlan Cardoso (PP-GO), responsável por conduzir a sabatina, expressou a dificuldade enfrentada pelo governo. "Não vejo ambiente para sabatina nesse período. O governo está ruim de diálogo, não cumpre acordos", afirmou Cardoso.

Segundo fontes próximas, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, considera improvável que a sabatina aconteça antes das eleições municipais de outubro. 

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